| 15/06/2011 23h20min
Nesta quarta-feira, o governador Raimundo Colombo comprometeu-se em não descontar os dias parados dos professores que aderiram à greve, desde que eles voltem às aulas até sexta. Por isso, a folha, que deveria ser rodada quinta, será gerada sexta. O governo entregou um documento ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) comunicando as medidas que serão tomadas. A posição será analisada em assembleias regionais, adiadas para quinta-feira.
Essa é a última tentativa do governo para pôr fim à paralisação, que completa hoje 30 dias. Caso os professores aceitem, as faltas só serão descontadas se não houver a reposição das aulas. A decisão foi tomada depois de um encontro na Assembleia Legislativa (Alesc) entre representantes do Sinte, o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, o líder de governo Elizeu Mattos, além de deputados da oposição. Na reunião, o desconto das faltas foi bastante criticado pela categoria.
— Nunca vi tantos avanços numa negociação. Há um limite. Nós estamos tentando ajudar, mas se não houver acordo, roda a folha com desconto — ressaltou Mattos, que fez a mediação do novo encontro entre professores e governo.
No documento entregue aos professores, o governo mantém a decisão de terça-feira, que altera os salários dos docentes de acordo com a proposta apresentada em 6 de junho. Nela, o menor salário-base fica sendo o piso nacional do magistério, R$ 1.187, e os valores da regência de classe — uma gratificação sobre o salário — são reduzidos. O texto com a mudança será encaminhado à Alesc, na próxima semana, na forma de projeto de lei complementar. Será pedida urgência na votação, para que os novos salários sejam rodados em uma folha suplementar.
Ainda na proposta de quarta, o governo voltou atrás da decisão tomada na terça-feira e comprometeu-se a rever o decreto que impedia a progressão funcional em caso de falta injustificada, e a encaminhar um projeto de lei à Alesc para abonar as faltas da greve de 2008.
A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, disse que a decisão de encerrar a greve precisa sair de uma assembleia estadual e adiantou que seria muito difícil marcar uma até amanhã, por causa do deslocamento dos educadores.
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