| 13/06/2011 06h12min
Hoje é o 26º dia de greve dos professores da rede pública estadual. Primeiro dia útil desde que, na sexta-feira, as negociações foram dadas como encerradas pelo governo do Estado, a semana começa sem previsão de um acordo. E com uma notícia que deve trazer mais dificuldades para o desfecho. O governo poderá pedir a ilegalidade da greve. Além de descontar os dias sem aulas.
Para aumentar o impasse, o governador Raimundo Colombo pode viajar hoje para a posse da ministra Ideli Salvatti na Secretaria Especial de Relações Institucional, em Brasília. Com isso, ficarão canceladas as reuniões com os deputados da base aliada e com os secretários.
Nos encontros, Colombo pretendia convencer de que não existe como atender a reinvindicação apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Santa Catarina, o Sinte. A explicação é de que o governo chegou ao seu limite, com a concessão de R$ 22 milhões à categoria, R$ 2 milhões a mais do que o limite que havia determinado.
Já o Sinte anuncia a próxima investida. Representantes irão na Assembleia Legislativa pedir apoio aos deputados. A ideia é que uma nova audiência seja marcada ainda para esta terça-feira.
— Queremos que ajudem a convencer o governo a retomar as negociações — diz Ana Júlia Rodrigues, secretária geral do Sinte.
A Secretaria Estadual de Educação ficou de definir nesta segunda se retoma as conversas. Na última sexta-feira, o governo havia declarado o fim das negociações. O secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, afirma que "não é possível chegar a um acordo no médio ou curto prazo porque a proposta encaminhada na quinta-feira pelo sindicato foi um retrocesso".
Para Deschamps, o governo não terá como formular uma contraproposta em cima do que foi reivindicado.
— Primeiro temos que definir uma pauta antes de chamar para nova conversa — explicou Deschamps.
O governo tem uma nota oficial pronta para ser publicada na imprensa. É uma manifestação aos catarinenses, onde explica os motivos de não atender as reivindicações. O texto apela para que os professores retomem as atividades.
Reivindicações da categoria continuam as mesmas
O Sinte pede o repasse, em seis parcelas até dezembro, do reajuste de 94% dado ao professor de nível médio, que de R$ 609 vai ganhar R$ 1.187, para os demais níveis da tabela, respeitando a diferença de 8,48% entre eles. Os professores de Santa Catarina ainda querem a manutenção dos índices da regência de classe, que vale 40% sobre o salário-base para professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, e 25% para docentes do 6º ao 9º ano do fundamental e do médio. O governo apresentou propostas menores para os percentuais, mas todas foram rechaçadas.
>>> Confira proposta do Sinte
>> Confira as três propostas já apresentadas
>> Veja no blog do Moacir Pereira a última posição do Governo
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