| 09/06/2011 16h26min
Já chega a 24 dias sem um acordo a greve dos professores de Santa Catarina. Nesta quinta-feira, os docentes se reuniram em assembleia na Passarela Nego Quirido, em Florianópolis. Em decisão unânime os professores votaram contra a proposta do governo do Estado e a favor da manutenção da proposta do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sinte).
Ceca de 14 mil professores, segundo o Sinte, que participaram da assembleia seguiram até a Secretaria de Estado de Educação para entregar a proposta do Sinte e tentar marcar uma nova reunião de negociação para esta sexta-feira.
>>> Confira proposta do Sinte
Negociação
O governo do Estado apresentou propostas para as reivindicações dos professores entre 23 de maio e a última segunda-feira. Todas foram rejeitadas, pois os docentes não abrem mão dos valores da regência de classe de 40% sobre o salário-base para professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, e de 25% para docentes do 6º ao 9º ano do fundamental e do ensino médio.
O secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, disse que a manutenção do índice aumentaria os gastos mensais em R$ 34 milhões. O limite do governo era de R$ 20 milhões, e chegou a R$ 22 milhões.
Na quarta, o secretário da Educação, Marco Tebaldi, adiantou que a lei do piso nacional não fala em progressão de carreira e que para o cumprimento da lei - que prevê um reajuste de 22% para 2012 - a tabela atual precisará ser reestruturada.
Em reunião que terminou por volta das 11h na manhã desta quarta-feira, representantes do governo e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) não chegaram a um acordo. Assim, o governo peediu que os professores elaborassem uma nova proposta em 24 horas, respeitando o limite de R$ 22 milhões no oerçamento do Estado, ou que escolhessem uma das três propostas já apresentadas.
>> Confira as três propostas já apresentadas
>> Veja no blog do Moacir Pereira a última posição do Governo
O que o governo aceitou da contraproposta |
A incorporação do Prêmio Educar e do Jubilar em valor percentual correspondente para cada nível. Por exemplo, para um professor de nível médio que ganha R$ 609 de salário-base, o abono representa 32,8%. Esse aumento foi dado sobre o salário-base Anistia aos grevistas de 2008 Abono de falta aos grevistas de 2011, desde que haja reposição das aulas Fazer concurso público dentro de 12 meses Criar uma comissão para estudar nova tabela salarial, respeitando a progressão da carreira, em quatro meses e não seis, como queria o governo Revisão do decreto 5.593/210, que pune os professores com falta injustificadas, entre 2008 e 2010. Mesmo fazendo cursos, eles não progridem na carreira Revisão da lei dos ACTs |
O ponto sem consenso |
Regência de classe Na primeira proposta, o governo apresentou regência de classe de 15% sobre o salário-base para todos. Sindicato não abre mão da regência de classe de 40% para os professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e de 25% do 6º ao 9º ano do fundamental e ensino médio O governo apresentou a seguinte proposta: quem tinha 40% passa para 25%, e quem tinha 25% passa para 17% (prometeu estudar passar para 20% este valor) |
Assembleia na Passarela Nego Quirido reuniu cerca de 14 mil professores
Foto:
Vera Lúcia C. P. Miguel
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