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 | 06/06/2011 20h43min

Sinte admite avanços em negociação com governo, mas regência de classe segue sem consenso

Sindicato encaminhou proposta para ser votada nas assembleias regionais

Atualizada em 07/06/2011 às 10h47min Júlia Antunes Lorenço  |  julia.antunes@diario.com.br

Mesmo sem consenso sobre os valores da regência de classe, que compõe a remuneração dos professores, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) encaminhou a proposta apresentada nesta segunda-feira pelo governo para ser votada, nesta quarta-feira, em assembleias regionais. O Sinte admitiu avanços e, na quinta-feira, uma assembleia estadual pode decidir pelo fim da greve. Nesta quarta, os professores têm um encontro com o governador.

Confira a íntegra da nova proposta do governo aos professores

Para a coordenadora estadual do sindicato, Alvete Bedin, apesar de não ter havido um acordo em relação à tabela salarial, foi feito um grande progresso em relação aos outros pontos da contraproposta aceitos pelo governo. Entre eles está o compromisso de abonar as faltas da greve, que chegou nesta segunda-feira ao 20º dia, e em fazer um concurso para contratar professores efetivos num prazo de 12 meses.

O diretor estadual do Sinte, Luiz Carlos Vieira, também considerou positivos os pontos avançados e o comprometimento do governo em continuar discutindo a tabela salarial, nos próximos quatro meses.

— Agora é o momento de pensar em todas essas conquistas. Mas não queremos que a discussão da tabela termine aqui — afirmou.

Com salário-base de R$ 1.187, o menor valor de remuneração passa a ser de R$ 1.483, resultando em um gasto mensal de R$ 22 milhões a mais ao Estado. O impasse continua sendo os valores da regência de classe.

Melhorando a proposta anterior, que definiu a gratificação em 15% sobre o salário-base para todos os docentes, o governo propôs que os professores que ganhavam 40% passem para 25%, e quem tem 25% passe para 17%. Sem o Sinte concordar com este ponto, o governo prometeu estudar passar os 17% para 20%.

— Iremos fazer uma simulação na folha de pagamento, talvez amanhã tenhamos um resposta para dar a eles. Mas já ultrapassamos o limite de 20 milhões — afirmou o secretário de Educação Marco Tebaldi.

O que o governo aceitou da contraproposta
— A incorporação do Prêmio Educar e do Jubilar em valor percentual correspondente para cada nível. Por exemplo, para um professor de nível médio que ganha R$ 609 de salário-base, o abono representa 32,8%. Esse aumento foi dado sobre o salário-base
— Anistia aos grevistas de 2008
— Abono de falta aos grevistas de 2011, desde que haja reposição das aulas
— Fazer concurso público dentro de 12 meses
— Criar uma comissão para estudar nova tabela salarial, respeitando a progressão da carreira, em quatro meses e não seis, como queria o governo
— Revisão do decreto 5.593/210, que pune os professores com falta injustificadas, entre 2008 e 2010. Mesmo fazendo cursos, eles não progridem na carreira
— Revisão da lei dos ACTs
O ponto sem consenso
Regência de classe
— Na primeira proposta, o governo apresentou regência de classe de 15% sobre o salário-base para todos. Sindicato não abre mão da regência de classe de 40% para os professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e de 25% do 6º ao 9º ano do fundamental e ensino médio
— O governo apresentou a seguinte proposta: quem tinha 40% passa para 25%, e quem tinha 25% passa para 17% (prometeu estudar passar para 20% este valor)

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