O governo do Estado apresenta nesta segunda, em audiência, uma proposta salarial ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte), que pode pôr fim à greve dos professores da rede estadual. Parados desde 18 de maio, os docentes reivindicam o piso nacional salarial, de R$ 1.187, para toda carreira.

Conforme levantou o colunista Moacir Pereira, em sua coluna desta segunda, a medida provisória está pronta e foi redigida pelo Procurador Geral do Estado, Nelson Serpa. A proposta foi fechada no fim de semana e tem consentimento do governador licenciado, Raimundo Colombo, em viagem à Europa.

A audiência será na sede da Secretaria de Estado da Educação (SED), em Florianópolis. Devem estar presentes o secretário de Administração, Milton Martini, e o procurador-geral do Estado.

O secretário de educação, Marco Tebaldi, foi procurado, neste domingo, para falar sobre o assunto, mas estava em reunião. O secretário-adjunto, Eduardo Deschamps, também não foi encontrado.

A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, disse não saber o teor da medida provisória. Ela informou, que, caso recebam a proposta nesta segunda, ela será avaliada em assembleias regionais nesta terça. Depois, um encontro estadual decidirá pela continuidade ou não da greve. Até lá, os professores seguem com as atividades paralisadas.

Na sexta-feira, a greve chegou ao terceiro dia com adesão de mais professores. De acordo com a informações da SED, mais da metade (52,74%) dos 39 mil professores aderiram ao movimento. Na quinta-feira, eram 34%. Cerca de 399.167 alunos dos 700 mil matriculados foram prejudicados. Já o Sinte divulgou, na sexta-feira, que 95% dos docentes pararam.