Técnicos da secretaria de educação do Estado trabalham, na manhã desta segunda-feira, nos últimos detalhes da análise da contraproposta apresentada pelos professores da rede estadual. De acordo com o o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, o resultado será apresentado ao governador Raimundo Colombo ainda durante a manhã. À tarde, haverá uma reunião com os professores para mais uma rodada de negociações.

— A contraproposta do Sinte na íntegra o governo dificilmente vai ter condições de atender. O que nós estudamos foram algumas alternativas para poder apresentar ao Sinte hoje (segunda-feira) à tarde — afirmou Deschamps na manhã desta segunda.

O Sindicado dos Trabalhadores da Educação em Santa Catarina (Sinte) pediu a manutenção da regência de classe de 25% ou 40% sobre o salário base.

Os professores estaduais entraram em greve no último dia 18 pedindo o pagamento do piso nacional do magistério. O diálogo foi retomado na última semana quando o governo apresentou nova proposta, rebatida pelo Sinte. Uma nova reunião entre as partes deve ocorrer nesta segunda-feira.

Segundo a coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, após a reunião vão acontecer assembleias regionais na terça e um grande encontro estadual na quinta para decidir sobre a greve.

Retrospectiva

- Em 18 de maio, professores entraram em greve pedindo o pagamento do piso nacional do magistério, aprovado em 2008, e julgado procedente pelo Supremo Tribunal Federal, em abril deste ano

- Em 23 de maio, professores rejeitam proposta do governo, que concorda em pagar o piso, porém não respeitava a progressão de carreira do magistério

- No dia 2 de junho, diálogo é retomado com nova proposta do governo. Agora há a garantia do aumento para todos os professores. Mas reduz o percentual da regência de classe para 15%

- No dia 3 de junho, última sexta-feira, Sinte apresentou contraproposta pedindo a manutenção da regência de classe de 25% ou 40% sobre o salário