| 09/06/2011 22h33min
O Governo do Estado analisou nesta quinta-feira o impacto da nova proposta apresentada pelo Sindicato dos Profissionais de Educação (Sinte). O resultado será apresentado na sexta, em novo encontro na sede da Secretaria de Educação. O secretário-adjunto Eduardo Deschamps adiantou que é praticamente impossível chegar à última tabela, mesmo em dezembro deste ano, ou no próximo, porque o impacto seria de cerca de R$ 100 milhões por mês.
— Já fizemos todas as concessões possíveis e não temos mais de onde tirar dinheiro. Inclusive, ultrapassamos o nosso primeiro teto, que era de R$ 20 milhões — disse Deschamps através da assessoria.
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Ele também afirmou que é muito difícil manter os valores da regência de classe atuais, porque aumentaria os gastos mensais em cerca de R$ 37 milhões. O limite do governo era de R$ 20 milhões, e chegou a R$ 22 milhões na última alternativa.
Em assembleia estadual, cerca de 14 mil professores votaram contra a proposta do governo e a favor da manutenção da proposta do Sinte. Os professores não aceitam perder os valores da regência da classe, uma gratificação que vale 40% sobre o salário-base para professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, e de 25% para docentes do 6º ao 9º ano do fundamental e do ensino médio. Eles ainda querem que o reajuste dado ao professor com ensino médio, que passou de R$ 609 para R$ 1.187 (94%), seja repassado para todos os 12 níveis (médio a doutorado), respeitando a progressão de 8,48% entre eles. Não foi calculado o impacto financeiro da proposta.
Para chegar a esse percentual de aumento, a contraproposta sugeriu que o reajuste fosse parcelado em seis vezes, até dezembro. O primeiro aumento de 4,9% já passaria a valer neste mês, porque faz referência a abril, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legal a lei nacional o piso. Nesta proposta, entregue ao secretário-adjunto de Educação, Eduardo Deschamps, após a assembleia, eles mantêm os valores da regência de classe.
— O governo precisa entender que os professores não aceitam perdas de direito, por isso não aceitam a mudança dos valores da regência nem da tabela atual. Isso ficou bem claro nesta assembleia, que só mostrou que o nosso movimento está mais forte — ressaltou a coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin.
Como no último encontro estadual, os professores também fizeram uma passeata pelas ruas do Centro, saindo da Passarela Nego Quirido e indo até o Terminal de Integração Central (Ticen). Dessa vez, não houve confusão com a PM, que auxiliou nas mudanças do trânsito.
Assembleia na Passarela Nego Quirido reuniu cerca de 14 mil professores
Foto:
Daniel Conzi
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Agencia RBS
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