| 13/06/2011 21h06min
O governo deve tomar nesta terça-feira uma posição oficial sobre a greve do magistério na rede estadual, depois de uma reunião do governador Raimundo Colombo com os deputados da base aliada e de outra com os secretários. A paralisação chegou ao 28º dia e, para saber a situação das escolas, o Diário Catarinense percorreu algumas unidades e encontrou a maioria das salas de aula vazia.
As duas reuniões, que seriam nesta segunda, foram adiadas porque o governador viajou a Brasília, onde acompanhou a posse da ministra Ideli Salvatti na Secretaria Especial de Relações Institucionais. Na última sexta-feira, o governo declarou o fim das negociações e ficou de publicar uma nota que oficializaria a decisão, que foi adiada para essa semana.
Por enquanto, está mantida a medida provisória que garante o pagamento de um salário-base de R$ 1.187 para os cerca de 35 mil educadores que ainda não recebiam essa quantia. Esta foi a primeira proposta apresentada, e rejeitada pela categoria, por achatar a tabela salarial. Como a folha de junho dos professores não rodou, ainda é possível alterar o valor ser pago.
As medidas legais que o governo pretende tomar sobre a paralisação serão conhecidas só depois dos encontros.
— Cabe ao governo estudar alternativas, mas isso são análises feitas pela Procuradoria Geral do Estado — esclareceu o secretário-adjunto de Educação, Eduardo Deschamps.
Sinte quer novo encontro na quarta
A coordenadora estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin, espera que na quarta haja um novo encontro entre sindicato e governo, para que o resultado da reunião seja encaminhado para as assembleias regionais, marcadas para quarta à tarde. Na terça, os professores entregam um ofício aos deputados da AL, pedindo para que eles sensibilizem o governador a continuar com as negociações. Ela ressaltou que não teme o fato de o Estado declarar a greve ilegal.
— Ele não pode fazer isso, porque nosso movimento é legal, notificamos o governo sobre a greve, conforme manda a lei — ressaltou.
Sobre as faltas, que estão sendo registradas, Alvete explicou que o abono delas é negociado sempre ao fim de cada greve.
— Isso só não aconteceu na greve de 2008, quando o então secretário da Educação, Paulo Bauer, não abonou as faltas e as aulas não foram repostas — informou.
O secretário-adjunto não confirmou o encontro. De acordo com ele, para haver uma nova reunião com o sindicato é preciso ter uma pauta bem definida.
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