A indenização que estaria sendo imposta pelo Milan, de 8 milhões de euros, surge como o grande empecilho entre Grêmio e Ronaldinho. Mesmo com esse entrave, Paulo Odone assegura que o clube não desistiu de ter Ronaldinho já no primeiro semestre.

— Estamos trabalhando para que ele venha agora — disse o presidente do Grêmio à Rádio Gaúcha, direto de Punta del Este, onde passa férias. — O Grêmio está fazendo o possível e o impossível para isso.

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Odone admitiu que a "Operação Ronaldinho" soa como uma grande ousadia. A complexidade de sua execução era esperada, e o presidente segue otimista. Assis está tentando reduzir o valor da indenização. Ele negocia com Adriano Galliani, vice-presidente do Milan no Rio de Janeiro. No entanto, o time italiano reluta em baixar o valor da multa rescisória, estipulada em 8 milhões de euros (cerca de R$ 17 milhões). 

O Grêmio aguarda um pronunciamento oficial de Assis para decidir se irá pagar ou não o valor exigido pelo Milan. Enquanto a boa notícia não chega, Odone lembra fatores que convergem para a volta do meia-atacante.

— O Ronaldinho quer muito retornar ao Brasil. E, no país, ele só quer o Grêmio. É uma oportunidade única para ele, poder voltar para a sua cidade e jogar no time em que ele iniciou a sua vida — lembra Odone. — Ele vai poder resgatar um convívio com os torcedores, algo que havia sido perdido.

Primeira semana de 2011 será decisiva

Tudo indica que a semana que vem será decisiva. Segundo o jornal La Gazzetta dello Sport, o jogador deixa Dubai no domingo e deve ir até Milão, onde conversará com dirigentes do Milan para definir o retorno ao Brasil. Outra possibilidade é a volta imediata para o Brasil. Neste caso, Ronaldinho desembarcaria no Rio de Janeiro, onde sua família passa o final de ano. O certo é que no Milan ele não fica.

Em Dubai, onde o Milan está desde o início da semana se preparando para o restante da temporada, Ronaldinho pouco participou dos treinos. Somando todos os trabalhos no período, o jogador participou de apenas 30 minutos. Após ser noticiada a sua liberação pelo Milan, na quinta, Ronaldinho deixou o hotel e só retornou às 7h da manhã desta sexta-feira, segundo o site Corriere dello Sport. Horas depois, o treino do time ocorreu sem a presença do craque.

Para a imprensa italiana, o divórcio entre Ronaldinho e Milan é certo. O jogador tem recebido duras críticas dos dirigentes e do treinador da equipe devido à falta de vontade apresentada nos treinos.