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Esportes  | 31/12/2010 08h10min

Assis afirma que destino de Ronaldinho é incerto

"Grêmio tem que se mexer", diz o irmão e procurador do jogador

Carlos Guilherme Ferreira e Luís Henrique Benfica

Ronaldinho foi liberado pelo Milan? Divulgada no início da tarde de quinta-feira pelo clicEsportes e por sites italianos, como calciomercatto.com, sky it., corrierre dello sport e gazzetta dello sport, com citações a Adriano Galliani, vice-presidente do clube italiano, a informação foi negada com veemência por Assis, irmão e procurador do jogador.

– Ronaldinho não tinha vontade de treinar. Será vendido em janeiro – disse Galliani a jornalista Tiziana Cairati, do La Stampa, de Turim.

Conforme o jornalista italiano Pietro Guadagno, que cobre Milan no jornal Corriere dello Sport, de Milão, a provável saída de Ronaldinho tem a ver com custo-benefício: o salário era muito alto para seu desempenho em campo. Mas há outros problemas, explica Guadagno.

– Allegri (Massimiliano Allegri, técnico do Milan) não gosta de suas atitudes. E todos no clube sabem de suas festas – diz.

A aposta entre os italianos, afirma, é que o Milan não pretende perder dinheiro na liberação de Ronaldinho. E a melhor solução passaria mesmo por transferi-lo agora, em janeiro.

Procurado por Zero Hora, Galliani se recusou a responder qualquer pergunta sobre Ronaldinho. E despediu-se com repetidos "arrivederci" (até logo, em italiano).

No Rio, onde passará a virada de ano, Assis garante que Ronaldinho não foi liberado e tampouco está de regresso ao Brasil. O procurador reiterou que sua saída do Milan só irá se dar mediante o pagamento da multa rescisória de 8 milhões de euros, ou R$ 17 milhões. Pela primeira vez, admite que o destino do jogador no Brasil possa ser outro clube que não o Grêmio. Basta que o valor exigido seja pago.

– O Milan pode ter liberado o jogador, mas ainda não acertou a forma de rescisão. O negócio só será viável se o jogador estiver liberado sem custos – avisa Eduardo Antonini, no exercício da presidência até o retorno de Paulo Odone, que passa a virada de ano em Punta Del Este, balneário uruguaio.

A posição do clube mantém-se inalterada desde o início das negociações, em outubro, após a eleição de Odone. O Grêmio irá se responsabilizar por um salário de R$ 300 mil, o teto do clube. O restante do pagamento será variável. Ronaldinho receberá um percentual sobre todo o lucro que sua imagem gerar ao clube, em forma de contratos publicitários.

Eduardo Antonini não esconde sua aflição pelo desfecho das tratativas. Confessa que já enfrenta dificuldades em andar pelas ruas, tamanha a insistência dos torcedores em saber se Ronaldinho irá ou não voltar ao Olímpico.

"O Grêmio tem de se mexer"


Foto: Fernando Gomes.


Zero Hora – Sites italianos dizem que o Milan liberou Ronaldinho. Você confirma essa informação?

Assis – Não procede. Acho que está havendo uma tradução errada. Ele (Adriano Galliani, vice-presidente do Milan) não disse isso. Falei com ele.


ZH – Os sites dizem que ele será vendido em janeiro.

Assis – Galliani não falou isso. Uma venda só ocorreria se fossem atendidas as exigências.


ZH – O pagamento da multa rescisória?

Assis – Exatamente.


ZH – Então, Ronaldinho não está voltando para o Brasil?

Assis – Claro que não, ele tem contrato com o Milan.


ZH – É possível que o valor da multa seja reduzido?

Assis – Tudo pode acontecer, não há nada certo. O ideal para todos seria que ele saísse livre, mas isso é difícil. Até o dia 4, tudo se resolve. A primeira coisa é o acerto com o Milan.


ZH – É possível que Ronaldinho jogue em outro clube brasileiro que não seja o Grêmio?

Assis – Depende de quem tenha disponibilidade. Se houver o pagamento, ele estará livre.


ZH – A preferência no Brasil não é do Grêmio?

Assis – Claro que seria excitante voltar para casa. Mas o Grêmio tem que se mexer. Tento fazer o meu máximo, mas, se não acontecer, não posso fazer mais nada, a culpa não é minha.

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