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 | 07/11/2008 15h04min

Pelas ruas: buraco aumenta e atemoriza motoristas na Avenida Ipiranga

Antiga DRT interditou obras do DEP com mais de 1,5 metro de profundidade

Atualizada às 19h44min

  O buraco da Avenida Ipiranga na altura do número 3.756 está maior. Passou exatamente uma semana desde que zerohora.com publicou matéria na série Pelas Ruas sobre esse defeito no piso — um perigo para os motoristas que circulam pela região. O frentista Volni da Silva dos Santos, 34 anos, que trabalha em um posto de combustíveis em frente ao trecho da avenida afetado, continua encontrando cavaletes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) destruídos ao redor do buraco.

— Ontem, largaram um galho ali — disse Santos, em referência ao tipo de sinalização escolhido para o local depois que os cavaletes foram sistematicamente atropelados.



A economista e estudante de Direito Eliza Fausta Pereira Nunes, 59, admitiu nesta sexta-feira ter sido uma das atropeladoras de cavaletes. A situação era inevitável, já que era escolher entre passar por cima da sinalização, enfiar a roda no buraco ou fazer uma manobra mais radical de desvio e correr o risco de bater em um automóvel que seguia a seu lado.

— Passo todos os dias (pelo local). Estraçalhei o cavalete. Outra vez, passei com a roda, tive de desviar e quase fiz um acidente — comentou.

A EPTC já havia informado que somente sinaliza a área e avisa ao órgão competente sobre o problema. O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), porém, não foi noticiado, segundo sua assessoria de imprensa.

Uma equipe do DEP foi ao local e descobriu tratar-se de uma obra interditada para conserto pela Superintendência Regional do Trabalho (SRTE), antiga Delegacia Regional do Trabalho (DRT). De acordo com a assessoria, o DEP está proibido de trabalhar em buracos com mais de 1,5 metro de profundidade — o da Ipiranga tem mais de três metros.

O embargo da SRTE faz sentido. Há necessidade de os trabalhadores do DEP terem maior qualificação e que os equipamentos do órgão sejam adequados para atuar nessa profundidade. Conforme a assessoria da SRTE, "tudo que traz risco de morte ou acidente ao trabalhador" deve ser fiscalizado.

O DEP garantiu que está se adequando às normas, poderia usar equipamentos do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) e atua na Justiça para obter a liberação. A SRTE lembrou que a medida foi tomada há um mês e não sabe que providências o DEP está tomando. Enquanto isso, os motoristas seguem em risco.

— O buraco está fazendo aniversário — reclamou a economista Eliza.

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