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 | 06/11/2008 11h07min

Pelas ruas: desempregados reclamam de atendimento no Sine da Capital

Coordenadora do estabelecimento disse que situação é atípica, provocada pela greve da Caixa

Atualizada às 17h34min

  As filas e a demora no atendimento na sede do Sistema Nacional de Emprego (Sine) na Avenida Doutor Carlos Barbosa, em Porto Alegre, geraram reclamações de desempregados nesta quinta-feira. As filas são comuns no local e há falta de funcionários, de acordo com trabalhadores que aguardavam atendimento.

— Tem uma pessoa para fazer tudo: atender ao balcão, dar informações, atender ao telefone — disse a estudante de Direito e formada em Letras Débora Lopes, 33 anos, moradora do bairro Teresópolis.

Segundo o presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine), Ronaldo Nogueira de Oliveira, um funcionário pediu demissão e outro está em licença. Ele prometeu que o atendimento será reforçado a partir de segunda-feira.



A universitária Débora chegou no início da manhã, pegou a ficha número 40 e foi para a fila. Naquele momento, o número 29 havia sido chamado, mas ela teve de ir embora às 9h15min.

— Fui obrigada a sair antes para ir ao médico — explicou.

Débora contou que muita gente desiste enquanto aguarda. Passar a ficha para outra pessoa na fila é proibido pelo Sine, de acordo com a estudante. Ela reclamou também que as informações são transmitidas com erro.

— Me disseram por telefone que o Sine no Centro atendia até as 17h. Fui às 17h e me disseram que era para ir de manhã para pegar ficha.

A situação é atípica, conforme a gerente do Sine da Carlos Barbosa, Gizelda Costa. Ela relatou que a greve na Caixa Econômica Federal é a principal causa do excesso de pessoas que procuram a agência nesta semana.

— As pessoas esperaram o fim da greve para receber o FGTS e levar o comprovante, mas não é necessário. Basta trazer o extrato.

Gizelda reclamou que algumas pessoas ficam agressivas por causa da espera. Ontem, ela foi a uma delegacia para informar ter sido ameaçada verbalmente por um desempregado. A coordenadora confirmou estar sozinha no atendimento, já que é a única a ter credencial para fazer o seguro-desemprego. Ela ressaltou que fez um pedido ao Ministério do Trabalho para que providencie credenciais para os demais funcionários.

— Estou trabalhando além do meu horário, das 8h às 18h30min, para atender o povo. Ninguém aqui almoça desde segunda-feira.

Contraponto

De acordo com Ronaldo Nogueira de Oliveira, presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine), em razão da greve da Caixa Econômica Federal, muitos serviços ficaram "represados". Além disso, ele explicou que um funcionário pediu demissão e outro está em licença. Oliveira disse que outros funcionários foram convocados e, na segunda-feira, o serviço deverá ser normalizado.

— Estamos encaminhando formas de aumentar o número de pessoas nas agências. Nossa intenção é ver o trabalhador sendo bem atendido — disse.

Ele sugere que os trabalhadores procurem outras agências do Sine na Capital, localizadas nas ruas José Montaury, 31 e Domingos Rubbo, 51 (Zona Norte).

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