Atualizada às
11h42min
Enquanto a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e o Departamento de Iluminação Pública (DIP) da prefeitura de Porto Alegre não chegam a um consenso, uma região do bairro Petrópolis segue sem luz há pelo menos três meses. Esse é o tempo que passou desde o último furto de fios de energia na área, segundo o arquiteto Mathias Modena, 31 anos, morador da Rua Mario Leitão. Desde então, ruas, uma praça e a escola Professor Ivo Corseuil, situada na Avenida das Nações, estão desabastecidas de iluminação pública, diz Modena.
— Trocaram (a rede elétrica) faz três meses, mas três dias depois furtaram de novo. Levaram até as luminárias dos postes. No colégio, tem fios a dois metros do chão, é um perigo para as crianças.
O DIP considera que a CEEE já
desistiu de instalar novas redes, devido aos furtos. A região entre as avenidas Tarso Dutra e Protásio Alves teve grande parte de suas instalações de iluminação pública furtada, segundo o eletrotécnico do setor de conservação Paulo Pozza.
— É uma região com loteamento, tem poucas casas. Isso facilita para os ladrões. Em algumas áreas sobraram só os postes. Acho que faz mais de três meses que está assim. A CEEE não quis recolocar porque furtaram.
De acordo com Pozza, assim que a CEEE recolocar a rede, o DIP ligará o sistema. Mas a companhia estadual reforça que a responsabilidade de colocação é do DIP. Uma explicação para a inexistência de rede no local seria a falta de consumidores.
— Se não tivermos consumidores, não instalamos. Provavelmente (na região) não tem consumidores ligados — explicou a assessoria de imprensa da CEEE.
Enquanto isso, Modena e moradores do Petrópolis continuam reclamando. Por telefone, vizinhos do prédio
do arquiteto tentaram resolver o problema
telefonando para a CEEE e a prefeitura, mas não obtiveram sucesso.
ProjetoO gerente regional metropolitano da CEEE, Jurandir Farias, afirmou no final da manhã de hoje que encaminhou um projeto para solucionar o problema no bairro. O plano inclui a colocação de cabos multiplessados — sem valor comercial — na área da Rua Mario Leitão e da escola. A previsão "otimista" para a instalação é de 20 a 30 dias, conforme Farias.
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