| 01/04/2008 09h06min
O ex-presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), Ronaldo Etchechury Morales nega o envolvimento na contratação de sistemistas, empresas subcontratadas pela fundação para prestar serviços como auditoria, inteligência e processamento de dados de provas práticas e teóricas do Detran.
De acordo com a Polícia Federal, que investiga a fraude de R$ 40 milhões no Detran, as sistemistas teriam cobrado por serviços não-executados na íntegra e praticado preços superfaturados.
Durante entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira, Morales justificou a contratação dessas empresas pela falta de pessoal para executar os serviços.
— A universidade não poderia tirar do seu corpo técnico — defendeu o ex-presidente que depôs ontem na CPI do Detran, na Assembléia Legislativa.
O antigo dirigente disse desconhecer quem indicou as sistemistas e que acreditava que as empresas estavam incluídas
dentro do contrato com o Detran.
— Não
sei dizer quem as escolheu. Eu não fui — sintetizou. — Recebi um pacote pronto.
Morales justificou o desconhecimento dos contratos, mesmo sendo o presidente da fundação na época, devido ao elevado número de projetos, que segundo ele, cerca de 200 em andamento. Ele reiterou a seriedade dos trabalhos realizados pela Fatec e a sua inocência.
Entenda a CPI do Detran
A comissão investiga as fraudes ligadas ao Detran que ocorriam desde 2003. O esquema contava com a atuação de duas fundações — Fundae e Fatec — ligadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que subcontratavam empresas para a prestação dos serviços. De acordo com a Polícia Federal, cerca de R$ 40 milhões foram desviados. Conforme o procurador do Ministério Público Especial do Tribunal de Contas do Estado, Geraldo Da Camino, o desvio para os sistemistas ficava em torno de 40% dos pagamentos recebidos do Detran.
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