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 | 31/03/2008 18h50min

Dirigente diz à CPI desconhecer por que o Detran deixou de trabalhar com a FCC

Primeiro depoimento do dia é aberto ao público, mas os próximos três poderão ser fechados

O presidente da Fundação Carlos Chagas (FCC), Rubens Murillo Marques, afirmou na tarde desta segunda-feira, durante seu depoimento à CPI do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), desconhecer o motivo pelo qual a autarquia deixou de trabalhar com a instituição. Quando do encerramento do contrato com o Detran, a FCC questionou sobre participar da nova licitação da autarquia, mas teria recebido uma "resposta desaforada", conforme comentou o deputado Raul Pont (PT), baseado nas explicações de Marques.

De acordo com o dirigente, a FCC havia sido escolhida pelo Detran para realizar suas provas para obtenção da carteira de motorista por ser "a única capacitada e reconhecida". Segundo ele, havia a intenção de permanecer trabalhando no Rio Grande do Sul. A licitação não foi feita pelo governo por causa do "caráter emergencial" do serviço, comentou Pont.

O depoimento de Marques é aberto, mas ainda não se sabe se os próximos, do ex-secretário-executivo da Fatec Silvestre Selhorst e dos ex-presidentes da mesma fundação Ronaldo Etchechury Morales e Luiz Carlos Pellegrini, também serão assim. Decisão judicial da juíza Simone Barbisan Fortes manda que a sessão seja fechada ao público se forem utilizadas informações obtidas pela Operação Rodin da Polícia Federal.

— A comissão decidiu que seria mais prudente que reabríssemos a sessão ouvindo o primeiro depoente. E, enquanto isso, a assessoria jurídica da comissão e a Procuradoria da Casa examinarão o tema para emitir um parecer técnico. Há interpretações que precisam ser esclarecidas — relatou o presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira (PT).

Entenda a CPI do Detran

A comissão investiga as fraudes ligadas ao Detran que ocorriam desde 2003. O esquema contava com a atuação de duas fundações — Fundae e Fatec — ligadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que subcontratavam empresas para a prestação dos serviços. De acordo com a Polícia Federal, cerca de R$ 40 milhões foram desviados. Conforme o procurador do Ministério Público Especial do Tribunal de Contas do Estado, Geraldo Da Camino, o desvio para os sistemistas ficava em torno de 40% dos pagamentos recebidos do Detran.

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