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 | 18/04/2009 20h55min

Obama anuncia fundo de US$ 100 mi para financiamento na América Latina

Medida visa o aumento da capacidade de concessão de crédito

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje o estabelecimento de um fundo de US$ 100 milhões para o microfinanciamento na América Latina, que terá como objetivo facilitar o fluxo de créditos. Em comunicado, a Casa Branca disse que o Fundo para o Crescimento com Microfinanciamento para o Hemisfério Ocidental visará a fornecer fontes estáveis de financiamento a médio e longo prazo a entidades dedicadas aos pequenos empréstimos, para ajudara a aumentar a capacidade de concessão de crédito.

Outro objetivo será aumentar as fontes de financiamento para as micro e pequenas empresas enquanto não conseguem se recuperar economicamente. O novo organismo terá participação do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Interamericana de Investimentos, entre outras entidades.

O Fundo de Investimentos do BID desempenhará o papel principal na configuração do novo organismo, informou a Casa Branca. Apesar de o fundo disponibilizar US$ 100 milhões inicialmente, o objetivo é arrecadar US$ 250 milhões para este fundo, para o que as entidades constituintes pedem que outras organizações do setor público e privado participem.



As discussões centrais
CUBA
O presidente cubano não estará presente na reunião – o país é o único que não integra a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nem por isso, deixará de entrar na pauta. Aliás, a situação de Cuba, que desde 1962 sofre um embargo comercial americano, deverá aparecer no discurso de muitos governantes latino-americanos – que já haviam pedido a Obama uma suavização das medidas em relação à ilha.
RELAÇÕES VENEZUELA / EUA
A Venezuela fornece cerca de 10% do petróleo importado pelos Estados Unidos. Ainda assim, os dois países viveram uma guerra de palavras durante o governo de George W. Bush, a quem o venezuelano Hugo Chávez se referiu como “diabo” em um discurso nas Nações Unidas. Sobre o atual presidente americano, Barack Obama, foi sucinto. “Ele é o líder do seu país e será um dos muitos que terei a oportunidade de conhecer”, afirmou.
CRISE ECONÔMICA
A crise econômica será o principal tema em discussão. Além de avaliar o seu impacto, os países também deverão definir medidas que podem ajudar a minimizar os efeitos da turbulência financeira. Diante da atual situação econômica dos EUA – nação onde a crise teve origem –, muitos países não estão dispostos a ouvir sermões dos americanos sobre como devem se comportar daqui para frente.

 

EFE
 
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