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 | 18/04/2009 10h56min

Obama anuncia rigoroso programa de cortes nos EUA

Presidente americano pedirá controle de gastos a altos funcionários do governo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste sábado um rigoroso programa de austeridade fiscal para ajudar a recuperar a economia do país. Obama disse que irá pedir a altos funcionários de todos os níveis do governo que façam cortes em seus orçamentos como modo de controlar os gastos. Não foi informado quanto o governo americano pretende economizar com o programa.

Obama, que participa neste final de semana da Cúpula das Américas, na ilha caribenha Trinidad e Tobago, disse que o pedido de cortes será feito aos funcionários do alto escalão durante reunião em seu gabinete, na segunda-feira.

— Nas próximas semanas anunciarei a eliminação de dezenas de programas do governo que já se mostraram ineficazes — afirmou.

— Nesse esforço, não haverá vacas sagradas nem projetos que não sejam imprescindíveis. Por todo o país, as famílias estão tendo que fazer escolhas difíceis e é hora de o governo fazer o mesmo — acrescentou.

Segundo o presidente, essa será a forma de o governo conseguir controlar o déficit e avançar da recuperação à prosperidade.

Obama lembrou que há pouco mais de oito anos os EUA projetavam um superávit orçamentário de trilhões de dólares e o país parecia se encaminhar para a estabilidade fiscal. No entanto, agora, após sua posse em janeiro passado, percebeu que o déficit fiscal somente para este ano iria além de US$ 1,3 trilhão.

A isso se somou o fato de que para encorajar a recuperação teve que gerar mais despesas, entre elas o programa de estímulo econômico de US$ 785 bilhões.

— Não podemos nos dar ao luxo de perpetuar um sistema em Washington no qual os políticos e os burocratas tomam decisões a portas fechadas sem se responsabilizar pelas consequências e no qual se desperdiçam bilhões em programas que deixaram de ser úteis — afirmou o presidente.

Obama disse ser necessário "recuperar a confiança do povo em seu governo, que está de seu lado e que gasta o dinheiro de maneira sensata."

As informações são da Associated Press.


As discussões centrais
CUBA
O presidente cubano não estará presente na reunião – o país é o único que não integra a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nem por isso, deixará de entrar na pauta. Aliás, a situação de Cuba, que desde 1962 sofre um embargo comercial americano, deverá aparecer no discurso de muitos governantes latino-americanos – que já haviam pedido a Obama uma suavização das medidas em relação à ilha.
RELAÇÕES VENEZUELA / EUA
A Venezuela fornece cerca de 10% do petróleo importado pelos Estados Unidos. Ainda assim, os dois países viveram uma guerra de palavras durante o governo de George W. Bush, a quem o venezuelano Hugo Chávez se referiu como “diabo” em um discurso nas Nações Unidas. Sobre o atual presidente americano, Barack Obama, foi sucinto. “Ele é o líder do seu país e será um dos muitos que terei a oportunidade de conhecer”, afirmou.
CRISE ECONÔMICA
A crise econômica será o principal tema em discussão. Além de avaliar o seu impacto, os países também deverão definir medidas que podem ajudar a minimizar os efeitos da turbulência financeira. Diante da atual situação econômica dos EUA – nação onde a crise teve origem –, muitos países não estão dispostos a ouvir sermões dos americanos sobre como devem se comportar daqui para frente.

Agência Estado
 
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