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 | 17/04/2009 17h31min

Cúpula estende "Obamania" ao Caribe

Camisetas, chaveiros e adesivos com a imagem do presidente dos EUA são vendidos em lojas

A presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no multirracial país caribenho Trinidad e Tobago, para a 5ª Cúpula das Américas, despertou a "Obamania", euforia encorajada pelo desejo que as coisas mudem no continente.

O país, que foi colônia, primeiro espanhola e depois britânica, é formado por diversas ilhas, sendo as mais importantes as de Trinidad e de Tobago, que lhe dão nome.

A população, de 1,3 milhão de habitantes, tem 45% de negros e outros 45% de índios, com pequenas minorias de chineses e brancos.

Camisetas com fotografias do presidente americano, junto com a mulher, Michelle, ou — em montagem — com o reverendo Martin Luther King; bonés, chaveiros, adesivos, cartazes e até instrumentos musicais com sua imagem invadem as lojas da capital trinitina.

Enquanto isso, telas gigantes no centro de Port of Spain projetam vídeos sobre Obama, Luther King e o sul-africano Nelson Mandela.

Sing one for Obama, canção interpretada por uma mulher negra, tem seu videoclipe exibido em homenagem ao presidente americano, em meio a imagens sobre segregação racial e "apartheid".

— Todos estão emocionados com Obama vindo ao nosso país. Todos nós queremos ter uma lembrança dele. É o primeiro presidente negro (americano) e confiamos em que traga uma melhora para todos em tempos de crise — disse Sonia Khemlani, uma índia que tem uma barraca de camelô na Independent Square, principal avenida da capital.

Para Keith Donald, um eufórico vendedor de produtos com marca "Obama", a visita do presidente americano "é muito especial para o novo mundo".

— Está nos corações de todos: negros, índios, chineses, significa amor e respeito, e por isso é bem-vindo — disse ele à Agência Efe enquanto vendia camisetas, a maioria com o slogan "I Have a Dream" ("Eu tenho um sonho"), frase eternizada de Luther King.




As discussões centrais
CUBA
O presidente cubano não estará presente na reunião – o país é o único que não integra a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nem por isso, deixará de entrar na pauta. Aliás, a situação de Cuba, que desde 1962 sofre um embargo comercial americano, deverá aparecer no discurso de muitos governantes latino-americanos – que já haviam pedido a Obama uma suavização das medidas em relação à ilha.
RELAÇÕES VENEZUELA / EUA
A Venezuela fornece cerca de 10% do petróleo importado pelos Estados Unidos. Ainda assim, os dois países viveram uma guerra de palavras durante o governo de George W. Bush, a quem o venezuelano Hugo Chávez se referiu como “diabo” em um discurso nas Nações Unidas. Sobre o atual presidente americano, Barack Obama, foi sucinto. “Ele é o líder do seu país e será um dos muitos que terei a oportunidade de conhecer”, afirmou.
CRISE ECONÔMICA
A crise econômica será o principal tema em discussão. Além de avaliar o seu impacto, os países também deverão definir medidas que podem ajudar a minimizar os efeitos da turbulência financeira. Diante da atual situação econômica dos EUA – nação onde a crise teve origem –, muitos países não estão dispostos a ouvir sermões dos americanos sobre como devem se comportar daqui para frente.

EFE
 
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