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 | 18/04/2009 19h07min

Lula quer diálogo entre EUA e Cuba para superar anomalia no continente

Medidas recentes de Obama "são apenas o começo", afirma presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste sábado um diálogo direto entre EUA e Cuba, para superar o embargo econômico, uma situação que ele qualificou como anomalia no continente. O pedido de Lula foi feito durante discurso na 5ª Cúpula da Américas, em Trinidad e Tobago.

— Nosso esforço integrador nas Américas será sempre incompleto enquanto persistir em nossas reuniões a anômala exclusão de um dos países do continente, que é Cuba — afirmou o presidente brasileiro.

Segundo ele, "as relações com Cuba serão um sinal importante das disposições nossa e dos EUA de se relacionarem com a região. Comentando sobre a recente liberalização da atuação de empresas americanas em Cuba, Lula afirmou que "as medidas do presidente Obama vão em boa direção, mas todos nós concordamos que são apenas o começo".

— O diálogo direto entre os dois governos pode abrir o caminho para superar essa situação com a qual as Américas não querem mais conviver — afirmou.

Sobre a América Latina, Lula disse que "a região cresceu coletivamente" (...) "mostramos que só há desenvolvimento quando se combina crescimento com distribuição de renda".

Em seu discurso, o presidente também defendeu os biocombustíveis. As informações são do G1.



As discussões centrais
CUBA
O presidente cubano não estará presente na reunião – o país é o único que não integra a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nem por isso, deixará de entrar na pauta. Aliás, a situação de Cuba, que desde 1962 sofre um embargo comercial americano, deverá aparecer no discurso de muitos governantes latino-americanos – que já haviam pedido a Obama uma suavização das medidas em relação à ilha.
RELAÇÕES VENEZUELA / EUA
A Venezuela fornece cerca de 10% do petróleo importado pelos Estados Unidos. Ainda assim, os dois países viveram uma guerra de palavras durante o governo de George W. Bush, a quem o venezuelano Hugo Chávez se referiu como “diabo” em um discurso nas Nações Unidas. Sobre o atual presidente americano, Barack Obama, foi sucinto. “Ele é o líder do seu país e será um dos muitos que terei a oportunidade de conhecer”, afirmou.
CRISE ECONÔMICA
A crise econômica será o principal tema em discussão. Além de avaliar o seu impacto, os países também deverão definir medidas que podem ajudar a minimizar os efeitos da turbulência financeira. Diante da atual situação econômica dos EUA – nação onde a crise teve origem –, muitos países não estão dispostos a ouvir sermões dos americanos sobre como devem se comportar daqui para frente.

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