| 19/05/2008 20h24min
O deputado federal e ex-secretário de Segurança Enio Bacci prestou quase sete horas de depoimento à CPI do Detran - das 13h30min às 20h21min. Bacci chegou a insinuar durante o seu discurso que a sua exoneração foi planejada pelo delegado Alexandre Vieira, titular da 17ª Delegacia de Porto Alegre e Lair Ferst, suposto lobista envolvido na fraude. O deputado atentou para uma amizade próxima entre o delegado e Ferst, que pode ter servido para combinar a sua saída do governo.
— Eles foram vistos juntos várias vezes em uma casa em Atlântida, e já aparecerem, inclusive, em programa de televisão. Eles podem ter combinado algo que muito interessante para ambos: a saída desse secretário de segurança.
Segundo ele, logo que assumiu a pasta em janeiro de 2007, "os comentários lá dentro" eram de que ninguém deveria responder aos seus expedientes porque a sua passagem pela secretaria seria rápida.
Ele reafirmou que avisou a governadora Yeda Crusius sobre
irregularidades na autarquia. Para ele, o
esquema de desvio de dinheiro de Detran contriubui para a sua exoneração. Segundo ele, não era interessante ter um secretário atento no governo, e a governadora estaria sofrendo pressões de alguém para que tomasse a decisão de tirá-lo do cargo. Conforme Bacci, a nova diretoria do Detran teria sido indicada pelo centro do governo.
Inquerido pelo deputado Cássia Carpes (PTB) sobre o que ele pensava sobre a atuação de Germano, Bacci afirmou:
— Impossível alguém ficar por quatro anos no governo e não ter nenhuma notícia de irregularidades.
A sessão foi suspensa por cinco minutos, e em seguida devem ser votadas as pautas que estão na ordem do dia.
Leia a reportagem completa em ZH desta terça-feira.
Bacci assumiu a pasta da Segurança Pública durante 100 dias, entre 1º de janeiro e 11 de abril do ano passado
Foto:
Jefferson Botega
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