Atualizada às 21h35min

A juíza da 3ª Vara Federal, Simone Barbisan Fortes, autorizou, nesta segunda-feira, o acesso da CPI do Detran à denúncia da Operação Rodin feita pelo Ministério Público Federal (MPF), na última quinta-feira.

O MPF denunciou 44 pessoas por suposto envolvimento na fraude nos contratos das fundações -Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e Cultura (Fundae)- vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Com a decisão, toda a documentação será encaminhada à Assembléia Legislativa. A juíza só atendeu em parte o pedido feito pelo presidente da comissão, Fabiano Pereira (PT). Simone, de acordo com a 3ª Vara Federal, não autorizou o uso dos depoimentos dos suspeitos em sessões públicas da CPI como queria Fabiano.

Já quanto ao pedido feito pelo MPF para que a Justiça Federal suspenda o sigilo que protege informações (escutas telefônicas, dados bancários e financeiros) contidas no processo da Operação Rodin, a juíza irá se manifestar no mesmo dia em que tomar a decisão se aceita ou não a denúncia.

Desde a última sexta-feira, Simone analisa a denúncia feita pelos procuradores. Há uma previsão, segundo a 3ª Vara Federal, de que ela possa concluir o trabalho até sexta-feira. Se isso ocorrer, é provável que a juíza anuncie sua decisão na próxima terça ou quarta-feira.

Força-tarefa

A juíza federal organizou uma força-tarefa para a digitalização dos documentos que integram a denúncia. O trabalho, que é feito por 16 pessoas, poderá estar concluído em duas semanas. A digitalização de 50 caixas e mais 30 volumes de documentos começou na sexta-feira. Enquanto o trabalho estiver sendo feito quatro agentes especiais da Justiça Federal fazem a segurança do prédio da 3ª Vara Federal.

DIÁRIO DE SANTA MARIA