| 19/05/2008 14h20min
O ex-secretário de segurança Enio Bacci, que depõe nesta tarde na CPI do Detran, voltou a afirmar que avisou a governadora Yeda Crusius sobre irregularidades na autarquia. O deputado federal disse que só em relação à fraude, poderiam ter sido economizados R$ 10 milhões se a sua denúncia tivesse sido escutada e investigada. O valor chegaria, segundo Bacci, a R$ 18 milhões se contratos como o que faz a segurança da secretaria e do Detran tivessem sido encerrados.
— Eu disse para a governadora que o Detran precisava de uma limpa. Que precisava de uma direção suprapartidária.
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Bacci se baseou no valor divulgado
pelo Ministério Público Federal, que apontou que a fraude desviava R$ 1 milhão por mês. Em relação aos contratos, o ex-secretário disse que muitos deles poderiam ter sido cancelados, como o da empresa de segurança Pedroso, que fazia a vigilância dos dois prédios. Bacci disse que a empresa que prestava este serviço anteriormente era ligada a Lair Ferst, empresário indiciado e denunciado pela fraude.
— Nós sabemos que muitas coisas do Detran não passam por licitação.
Para validar suas declarações, o deputado pediu para fazer o juramento de testemunha, em que se compromete em dizer apenas a verdade. O ex-secretário deve entregar, na quarta-feira, contratos do Detran no Ministério Público Estadual.
— Eles (contratos) precisam ser averiguados para que alguém devolva este dinheiro. Precisamos buscar esse dinheiro de volta — insistiu.
Bacci prometeu apresentar oito nomes que poderiam ajudar na CPI do Detran. Cinco deles estariam
dispostos a depor. O deputado também promete entregar
cópias de contratos do Detran.
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