| 28/01/2010 00h32min
O pedido de autorização para que o Tribunal de Justiça (TJ) continue analisando as denúncias contra o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) já está na Assembleia Legislativa. O ofício, com cópia integral do inquérito, foi entregue nas mãos do presidente Jorginho Mello (PSDB) no final da manhã desta quarta-feira por um oficial de Justiça.
O deputado Gelson Merísio (DEM), que assume a presidência do Legislativo no dia 1° de fevereiro, já declarou que pretende colocar o pedido de autorização em votação na primeira sessão ordinária da Assembleia, no dia 3.
Antes de abrir votação, Merísio lerá em plenário a carta enviada por Pavan, onde pede aos deputados que autorizem o TJ a continuar analisando o caso.
O vice-governador foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa e quebra de sigilo funcional, pois teria intercedido em favor de uma empresa distribuidora de combustíveis suspeita de sonegação
fiscal.
Para a base governista, a carta
enviada por Pavan não deixa dúvidas de que ele quer rapidez no processo de votação. O líder do PMDB, deputado Antônio Aguiar, afirmou que a bancada fará a vontade do vice-governador e votará a favor do pedido.
— Até porque, como esta não foi uma situação que a Assembleia criou, nada mais justo que os deputados autorizem o Tribunal de Justiça, que é o órgão competente para analisar o caso — afirmou Aguiar.
O líder do DEM, Cesar Souza Júnior, também afirma que a bancada votará unida pela autorização. Até mesmo o líder tucano, Serafim Venzon, que na semana passada declarou que votaria contra o pedido, agora diz que fará a vontade do vice-governador.
Venzon disse que primeiro posicionamento (contra a autorização) foi uma atitude política, tomada pelo líder da bancada para proteger o vice-governador.
— Ele (Pavan) entendeu minha posição e, nesta semana, fez uma jogada de mestre. Ao ir levar ele mesmo, em frente as câmeras, o
pedido para que a Assembleia Legislativa dê a
autorização, ele facilita para todos os 40 deputados, a começar pelos deputados do partido. É a maneira mais clara de dizer que não existiu crime e tira um peso de nossas costas — disse Venzon.
Para a oposição, Pavan "jogou para a torcida". Na avaliação dos líderes do PP e do PT, o vice-governador viu a repercussão do pedido do TJ entre os deputados e, sentindo que corria o risco de ver o pedido ser aprovado em plenário, se antecipou.
— (A atitude de Pavan) veio tarde, já havia o posicionamento de algumas bancadas, como o PP e o PT, e até de deputados da base, como o líder de governo, Elizeu Mattos. Se ele tivesse feito este pedido no primeiro dia depois da decisão do TJ, eu até poderia acreditar nas suas intenções — afirmou o líder do PP, Silvio Dreveck.
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