Do esquema 4-4-2 com Renato, mantido na maioria dos jogos sob o comando dele no Brasileirão, passando pelas pequenas variações de Julinho Camargo, o Grêmio só conseguiu chegar ao padrão de jogo ideal depois da chegada de Celso Roth. Com três meias e apenas um homem de referência, mexendo pouco nas peças, a equipe mostrou nas últimas partidas que pode sonhar mais alto na competição.

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Contra o Vasco, no próximo sábado, Celso Roth deve ter à disposição o que está se considerando o time ideal do Grêmio neste Brasileirão. O meia Douglas, o principal criador do time tricolor, ressaltou o crescimento após a terceira vitória seguida no campeonato, dando méritos também aos atletas.

– O Celso tem 50% (de mérito), o resto é com a gente lá dentro – resumiu o camisa 10.

Roth até teve que improvisar, mas pouco. Sem lateral-direito à disposição quando chegou, no início de agosto, escalou o volante Adilson na posição. Mas durou pouco. Mário Fernandes logo se recuperou de lesão e assumiu de vez a vaga, deixando o experiente Gabriel no banco.
 
Encaixado, o Grêmio vai somando boas atuações e resultados positivos, com três meias que se entenderam, dois laterais de qualidade que apoiam com frequência e uma defesa que, formada por Edcarlos e Saimon na zaga, vem recebendo elogios do comandante. No gol, Victor recuperou seu bom futebol.

– Eu acho que nós temos que ter uma base ideal. Um esquema tático ideal. A partir disso, compor com os jogadores que nós temos – disse Celso Roth.

O caminho gremista até o time ideal

A formação que vem dando certo no Grêmio só foi descoberta por Celso Roth no último jogo do primeiro turno. No começo do campeonato, ainda sob o comando de Renato, o sistema usado foi o tradicional 4-4-2, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Depois de quatro partidas em que a equipe somou apenas seis pontos, ocorreu a primeira mudança de esquema.

Contra o Vasco, no Olímpico, e diante do Botafogo, no Rio de Janeiro, o treinador testou uma formação com três zagueiros. Nestes dois jogos, apenas um ponto somado. Renato voltou ao 4-4-2 contra o Avaí. O empate de 2 a 2 contra os catarineses acabou derrubando o técnico.

Julinho Camargo assumiu e manteve o esquema. Sem resultados, tentou contra o Flamengo uma alteração tática. Colocou três volantes para reforçar o meio contra o Flamengo. O time foi bem, mas voltou do Rio de Janeiro com mais uma derrota na bagagem. Repetiu o sistema contra o Atlético-MG. No entanto, um empate dentro de casa o tirou do cargo. Celso Roth foi contratado.

Desde que assumiu, Roth vem tentando implantar o 4-2-3-1. Ao lado de Douglas nas meias, o treinador tentou, nos primeiros jogos, escalar Lúcio e Leandro, com apenas André Lima como homem de referência na frente. Depois dos 3 a 0 sofridos diante do Ceará, o comandante escalou três volantes – Gilberto Silva, Rochemback e Adilson – frente ao Atlético-GO. Mais uma vez, a resposta foi pouco convincente dentro de campo.

No Gre-Nal, finalmente, a consagração do 4-2-3-1. Sem Gilberto Silva, lesionado, Roth aproveitou o alto astral de Fernando, que acabara de voltar do Mundial Sub-20, para colocar mais vitalidade na marcação do meio-campo. Rochemback foi mantido. Nas meias, Douglas agora tinha como companheiros Marquinhos, pela direita, e Escudero, pela esquerda. Deu certo.

Com a nova formação tática, o Grêmio vem empilhando bons resultados. Nos últimos quatro jogos, apenas uma derrota. Já são três vitórias consecutivas. A vantagem em relação ao grupo que hoje estaria rebaixado é de seis pontos. Olhando para cima, o Tricolor está a sete da zona da Libertadores.

Próximos jogos:
17/09 - Vasco x Grêmio
22/09 - Grêmio x Botafogo
25/09 - Avaí x Grêmio

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