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 | 09/09/2011 08h10min

Gaúchos de Olho no Pan: Atletas do remo têm presença confirmada em Guadalajara e buscam o ouro

Allan Bittencourt e Leandro Tozzo foram convocados para o terceiro Pan de suas carreiras

Deslizar nas águas do Guaíba é a rotina diária de Allan Bittencourt, 32 anos, e Leandro Tozzo, 33. Agora eles se preparam para remar na altitude de Guadalajara. A dupla, que treina na sede da Ilha do Pavão do Grêmio Náutico União, foi convocada no dia 29 de julho para integrar a seleção da modalidade nos Jogos Pan-Americanos após atingir o índice estabelecido pela Federação Brasileira de Remo durante a Seletiva Nacional.

Esta será a terceira vez que os gaúchos participarão de um Pan. O bom retrospecto na competição, com a conquista do bronze e da prata nas edições anteriores, faz aumentar o desejo dos remadores de completar a coleção com uma medalha dourada.

– A expectativa é tentar superar o nossos resultados anteriores, e para isso só com a medalha de ouro – diz Leandro Tozzo confiante.

 

Foto: AP

 

A missão não será fácil. Competindo na formação Oito Com Timoneiro, os brasileiros terão adversários complicados pela frente, como Canadá, Estados Unidos e Cuba. Allan e Leandro, que continuam treinando em Porto Alegre com o técnico Marcelo Varriale, juntam-se ao resto da seleção no dia 19 de setembro, já no México, para fazer os últimos ajustes antes da disputa.

– A técnica é importante sim, mas o Oito é um barco que exige muito preparo físico por ser muito estável. Vamos nos encontrar com os demais para treinar e já podermos ter a primeira impressão do local das provas – explica Leandro.

 

 

O início

O remo entrou na vida de Allan e Leandro tardiamente. Ao contrário de atletas de outras modalidades que iniciam a prática ainda crianças, ambos descobriram o esporte aos 19 anos.

– Vi as fotos de um tio de um amigo praticando remo e achei muito legal este contato com a natureza, então decidi conhecer. No início não gostei porque eu não conseguia dominar o barco, mas depois comecei a me sentir melhor e não parei mais – conta Leandro.

 

Foto: Divulgação, GNU

 

Com Allan não foi diferente. Sem fazer nenhuma atividade física durante a adolescência, foi no remo que ele encontrou um hobby e uma profissão, como conta:

– Comecei um pouco tarde, mas com bastante trabalho consegui atingir um alto nível técnico que me possibilitou ser campeão brasileiro, sul-americano e medalhista em Pan-Americanos.

 

Dupla jornada

Os treinamentos da dupla do remo são intensos ao longo de todo o ano, e não somente nas vésperas de uma competição. Segundo o técnico Marcelo Varriale, o condicionamento físico de quem pratica o esporte é completo, apesar dos problemas de coluna, como hérnia, e dos constantes machucados nas mãos.

 

Foto: Divulgação,GNU

 

– O remo é um esporte que exige muito preparo físico e na água ele alia a técnica, então temos que estar sempre preparados – avalia Allan Bittencourt.

São 12 treinos por semana - dois por dia de segunda à sexta, sem exceção para os feriados, e um aos sábados e domingos. A rotina é desgastante e, mesmo assim, ainda sobra tempo para os remadores exercerem outras atividades. Fora das águas, Allan é policial civil e Leandro, empresário.

– A gente treina bem cedo, vai para o trabalho e depois volta para fazer um treino no final da tarde – explica Allan.

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