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 | 13/11/2008 10h06min

Pelas ruas: máquinas que fornecem sacos para recolher dejetos de cães são pouco utilizadas

Bom pra Cachorro está espalhado por 50 pontos de Porto Alegre

Um equipamento que ajudaria na limpeza das ruas e praças de Porto Alegre ainda é desconhecido da maior parte dos donos de cães. O Bom pra Cachorro, um dispensador de sacos plásticos para recolher dejetos dos animais, está espalhado por 50 pontos da Capital, mas sua utilização também esbarra no vandalismo e na falta de educação.

É comum pessoas retirarem os sacos para outros fins ou simplesmente ignorar o aparelho por não terem o costume de recolher a sujeira de seus bichos de estimação. Além disso, a capacidade de cada máquina, de cem sacos, é reduzida para entre 25 e 50 por causa do vandalismo, como relata a gerente operacional da empresa que desenvolve o projeto junto à prefeitura, Ludmila Zanetello.

Mesmo quem tem o cuidado de tirar os excrementos da rua volta e meia encontra o equipamento vazio. Foi o que ocorreu com a consultora de vendas Fabíola Azevedo, 34 anos.

— Tenho esse hábito de passear com meus cachorros no Gasômetro, mas não tinha (sacos plásticos) quando fui retirar — lamentou.

No próprio Bom pra Cachorro vem um número de telefone para ser chamado caso os sacos tenham acabado, o 3062-4485. A reposição é feita rapidamente, segundo Ludmila. A previsão é de que no ano que vem estejam instalados pela cidade até 500 aparelhos. O projeto é custeado pela empresa, em troca de espaço para propaganda.

Falta de costume

Jorge Alberto Boanova Silva, 47, tem uma banca de churros há 17 anos na Avenida Beira-Rio e diz que costuma entregar sacolas para os clientes limparem a sujeira deixada pelos seus cães ao redor do quiosque. No entanto, ele desanima ao constatar que as pessoas não encontram o dispensador.

— Achei a idéia excelente, mas ainda não vi ninguém utilizando a sacolinha. Ela (a máquina) está muito escondida.

A falta de costume, porém, ainda é o maior empecilho para essa idéia deslanchar. Durante a vida inteira de seus cães — o pastor alemão Íago e o vira-lata Bili —, Fabíola e a filha dela, Shayane Azevedo, mantêm o hábito de recolher os rejeitos. A consultora percebe que são exceções.

— A maioria não limpa. É muito difícil ver alguém fazendo isso.


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