| 01/12/2009 22h43min
Chegou a vez do colorado de Porto Alegre Ricardo Medina, 30 anos, contar sua história. O professor de Educação Física fala para onde fugiu para não ver a partida que poderia rebaixar o Inter para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, em 2002.
Envie a sua história também para o e-mail esportes@clicRBS.com.br, informando seu nome completo, profissão/ocupação e um telefone de contato, além de uma foto, e tenha a sua aventura publicada no clicEsportes.
Confira a história de Ricardo Medina:
O dia era 17 de novembro de 2002. Estava marcado o confronto entre Paysandu e Inter, em Belém, pelo Brasileirão. Recordo que todos os times grandes foram até a capital paraense e, na maioria das vezes, sequer empatavam contra o Papão da
Curuzu. E logo o meu Inter deveria "apenas ganhar" do mesmo, pois senão estaria na
Segundona (um lugar que certo time de Porto Alegre conhece como ninguém).
E naquele ano o time do Inter não engrenou, e nem o mais fanático colorado (e eu me incluo neste time) acreditava em uma vitória. E para piorar, o jogo seria no mormaço amazônico.
Logo, falei com a minha namorada, hoje esposa, que eu não iria ver o meu INTER ser rebaixado. Decidi que iríamos ao cinema no horário da partida, ver um filme de comédia (Casamento Grego), no Shopping Moinhos.
Escolhido o filme e deixei o meu celular no silencioso. E, à medida que o filme se passava, eu olhava o meu celular e nada de mensagens nem chamadas de torcedores do co-irmão — o que era natural neste campeonato, pois em todos os jogos que saíam gols, eles me ligavam ou me enviavam mensagens.
Quando o filme acabou, por volta das 18h, eu ainda não sabia o resultado da partida. Estava com medo de ligar para alguém e saber o pior. Então, encontrei dois velhinhos sentados
em um banco do shopping que estavam ouvindo os
comentários após o jogo. Perguntei quanto tinha sido o resultado e eles disseram:
— Parece que o Internacional ganhou por 2x0.
Quase me abracei nos velhinhos (acho que eram torcedores do co-irmão). Aquele foi um dos dias mais sofridos e mais felizes da minha vida. Depois disso vi o Inter ser Campeão da Libertadores, do Mundo e da Recopa da Sul-Americana. Vou morrer feliz.
• A história da colorada Aline Menéndez Dutra virou uma charge eletrônica. Confira a loucura dela na animação: