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 | 16/11/2009 08h56min

Eu Sou Fanático: os sacrifícios de uma final de Libertadores

Envie também a sua história de loucura pelo time do coração

Em mais um episódio da série Eu Sou Fanático, é a vez de Andrei Berlato, que conta o sufoco que passou para acompanhar o Grêmio em Buenos Aires na final da Libertadores de 2007.

Envie a sua história também para o e-mail esportes@clicRBS.com.br, informando seu nome completo, profissão/ocupação e um telefone de contato, além de uma foto, e tenha a sua aventura publicada no clicEsportes.

Confira o relato de Andrei:

Meu nome é Andrei Berlato, tenho 24 anos e sou gremista fanático, graças à minha familia e principalmente ao meu pai, que é tão ou mais fanático que eu... Uma das tantas loucuras pelo meu Grêmio foi em 2007, na decisão da Libertadores.

Assim que ficou decidido o confronto contra o Boca Juniors, eu disse: "Vou para La Bombonera". Tive a "sorte" de não estar trabalhando na época, e me lembro que saí procurando um jeito de conseguir ir ao jogo. Liguei para vários conhecidos que tinham contato com o pessoal da Geral, e disse que queria ir para a Argentina de qualquer jeito, até que um amigo me deu retorno dizendo que precisavamos pagar R$ 50, mas era no mesmo dia. Lembro que estava uma chuvarada, mas não pensei duas vezes: botei a gurizada no carro, pegamos a grana e saímos à procura do pessoal da tal "lista de torcedores".

Já com o pagamento feito e com a certeza de que iria para La Bombonera, o dia marcado foi na terça feira, que antecedia o jogo na quarta. Saímos de ônibus, ao lado do Estádio Olímpico, exatamente às 21 h.... E lá se iam mais de 24 horas dentro de um ônibus, nervoso, pois não chegávamos nunca... O motorista se perdeu no centro de Buenos Aires. Já eram 21h15min e nós sem sabermos para que lado ficava a Bombonera. Foi quando avistamos mais três ônibus de torcida, e achamos a escolta que nos levaria até o estádio.

Bom, entramos na Bombonera, o jogo já tinha se iniciado, e a história do jogo todo mundo conhece. Na volta, além de mais de 22 horas de viagem, esnfrentamos tiros, garrafadas e pedradas, três dias sem banho, mas conseguimos chegar bem ao Monumental exatamente às 23 h de quinta feira.

Mesmo com o placar de 3 a 0 contra, a esperança era grande, e no jogo da volta resolvi ir a pé de casa até o Olímpico (do bairro Jardim Ypu até a Azenha) junto com um amigo, pois como diz o hino "Até a pé nós iremos". Infelizmente não conseguimos o título, mas fé, vontade e esperança nunca faltaram e nunca irão faltar!

Esta é a minha loucura, não me arrependo de nada e com certeza se pudesse faria novamente tudo pelo meu Tricolor.

• A história de Rogério Dalcin virou uma charge eletrônica. Confira clicando na imagem abaixo:

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