Realizadas pelas próprias comunidades com o envolvimento das famílias em todo o processo de organização e realização, algumas festas de Joinville também podem ser consideradas um patrimônio da cidade por serem cheias de expressões e celebrações. A Festa do Colono, da Sociedade Rio da Prata, por exemplo, celebra a tradição da zona rural por iniciativa de seus próprios protagonistas há mais de 50 anos.
É na rodovia SC-301 que acontece o desfile que busca dar visibilidade ao modo de vida da comunidade que vive do campo, principalmente a do distrito de Pirabeiraba, onde a comemoração anual teve origem. Participam desde os moradores locais até grupos convidados. Há dois anos, os integrantes de um motoclube também entram no passeio.
O desfile é aberto a todos. Vem gente com cavalo, carroça, escolas, grupos folclóricos. Todo ano é diferente comenta Gisela Berwaldt, presidente da Sociedade Rio da Prata.
No salão da Sociedade Rio da Prata, o encontro segue com um almoço preparado com receitas das famílias e produtos colhidos nas propriedades da região. Concursos, bailes e torneios de tiro ao alvo acontecem desde 1960, próximo ao Dia do Colono, em 25 de julho.
Segundo Gisela, cada morador assume um posto na organização. Normalmente, as mulheres comandam o preparo dos pratos, as bebidas ficam sob a responsabilidade dos homens e os jovens cuidam do preparo do salão, que recebe decoração com produtos coloniais. A expectativa pelo evento é tanta que a organização começa cinco meses antes, preparação que parte do projeto de divulgação da festa até a escolha das candidatas a rainha e a princesas da edição.
Não dá para imaginar ficar um ano sem a festa diz Gisela.
A de Pirabeiraba não é a única Festa do Colono de Joinville. No bairro Vila Nova, ela é o evento mais antigo entre os também tradicionais Festa da Polenta, Festa do Arroz e Festa da Banana. O evento em celebração à vida no campo ocorre quase no mesmo modelo de Pirabeiraba, com desfile, almoço, baile e competições, há 38 anos.