É entre as ruas do Príncipe e Princesa Isabel que há 90 anos reina o Edifício Eugênio Lepper, construção que foi moradia e comércio de importantes personagens da história de Joinville. A família Lepper foi a construtora do prédio sob o comando de Affonso, filho do empresário, político e primeiro presidente da Associação Comercial de Joinville, Hermann Lepper, para funcionamento de uma casa de ferragens no piso inferior, enquanto, no primeiro andar, vivia o marceneiro Eugênio, primo de Affonso, que hoje dá nome à edificação.
Depois que o primo Eugênio faleceu, sua filha passou a morar no local. Os filhos de Affonso ainda tocaram o negócio até 1940 descreve a arquiteta Rosana Barreto Martins em sua pesquisa que originou o Roteiro Artístico e Cultural de Joinville.
Além de ferramentaria, o prédio, hoje acinzentado, já foi vários tipos de comércio, identidade que perdura mesmo após 91 anos. A exceção ocorreu nas décadas de 40, 50 e 60, quando a venda de produtos dividiu espaço com a rodoviária, até o transporte intermunicipal e interestadual ser transferido para a antiga Agência Ford, entre as ruas Max Colin e João Colin, em 1971.
Hoje, o imóvel pertence à família Pereira, e, apesar de ter ganhado uma marquise, seu torreão, mesmo elemento que caracteriza a antiga Farmácia Minâncora e o Palacete Schlemm, também em esquinas importantes da rua do Príncipe, continua por dar imponência à construção.