Diante do altar com santos e a imagem do papa João Paulo II que quase todas as casas da comunidade Treze de Maio Alto preservam, as famílias rezam diariamente. A presença no culto semanal é quase obrigatória para este povo que leva o catolicismo tão a sério.
Na convidativa Igreja Nossa Senhora das Dores a celebração é feita apenas uma vez ao mês, mas o culto ocorre todos os domingos, às 9h. O ministro Felix Wittkowski, 69 anos, é o responsável pela cerimônia, pelo cuidado com a capela e pelas orações em polonês.
Com nove filhos, oito netos e dois bisnetos, durante a semana trabalha na própria terra e nos finais de semana se dedica à religião. De cabelos grisalhos escovados e com a roupa impecável, orgulha-se em preservar as tradições e em cuidar da capela.
– Quando tem muito brasileiro na igreja a gente reza em português, mas se a maioria é polonês optamos pela orações em polonês mesmo. A comunidade toda participa e faz coro na hora da reza. Muitos arquivos da igreja estão escritos em polonês – conta Felix.
A história dele com a igreja começou há seis décadas. O religioso que estudou até a 3ª série começou a ajudar o padre como coroinha aos sete anos e não parou mais. Os avós vieram da Polônia há mais de 100 anos e ele ainda lembra do terreno onde a antiga capela ficava, local onde está o cemitério. É lá que descansam os primeiros imigrantes que pisaram naquela terra.
GUARDIÃO DO CATOLICISMO
Felix Wittkowski
Textos: Pamyle Brugnago
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Edição: Cleisi Soares
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