Os barcos que disputam a Volvo Ocean Race atravessavam nesta segunda-feira o Estreito de Malaca, um pequeno canal com tráfego marítimo e ventos indecifráveis entre a ilha de Sumatra e a Malásia. A passagem pelo local é um dos destaques da regata de volta ao mundo, que está na terceira etapa — perna entre Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e Sanya, na China.

Agora, faltam menos de 3 mil quilômetros para a líder Dongfeng cruzar a linha de chegada. A vantagem de mais de 100 quilômetros para os demais competidores, porém, não deixa tranquila a equipe chinesa.

— Obviamente estamos felizes com o desempenho. Mesmo assim, a regata é tensa e não podemos relaxar. Sonhamos em chegar em primeiro em casa, mas temos preocupações de sobra, principalmente essa passagem pelo Estreito de Malaca — disse Charles Caudrelier, comandante da Dongfeng.

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O estreito realmente tira o sono da flotilha, que já está com velocidade mais lenta do que os dias anteriores. Além de desviar de muitas embarcações de pesca no canal, os barcos pegam poluição na água e o regime de ventos é mutável. Escolher o bordo errado pode custar a etapa. Dobrando Malaca, as equipes começam a subir rumo a Sanya.

Já são 13 dias seguidos de domínio do Dongfeng. Desde a largada, os chineses se revezam na liderança. Se der certo, o barco será o primeiro do país na história da Volvo Ocean Race a vencer uma etapa e ainda assumir a liderança isolada da competição. Em segundo lugar, vem o espanhol Mapfre, seguido por Abu Dhabi, Team Alvimedica, Team Brunel e Team SCA. Após encalhar no trajeto anterior e ter o barco destruído, o Team Vestas ainda define se voltará à competição.

Itajaí

A volta ao mundo começa a ficar mais perto do Brasil. De Sanya os competidores velejam até Auckland, na Nova Zelândia, de onde partirão rumo a Itajaí enfrentando o Cabo Horn. A expectativa é que a prova chegue por aqui em abril.

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