| 09/01/2013 10h07min
Itajaí poderá dividir com o Recife (PE) o posto de parada da Volvo Ocean Race na América do Sul na próxima edição da regata, que começa em 2014. A informação é extraoficial, mas foi confirmada pelo organizador da Itajaí Stopover 2012, João Luiz Demantova.
O trajeto ainda está sendo estudado, mas, se houver mesmo duas cidades brasileiras no percurso, os veleiros devem parar no país na ida e no retorno da volta ao mundo. Recife deve ser a segunda parada da regata, logo após a partida de Alicante, na Espanha.
Do Nordeste brasileiro os barcos seguirão para a costa africana, a exemplo do trajeto que seguiram na última edição. Itajaí deve ser uma das últimas etapas, a primeira chegada após os velejadores cruzarem o temido Cabo Horn – algo que aumenta a expectativa sobre a parada catarinense. De Itajaí, os barcos seguem para a América do Norte e dali para a Europa, onde termina a volta ao mundo.
– A organização vê a possível entrada de Recife com bons olhos, especialmente porque duas etapas brasileiras tendem a aumentar a exposição na mídia, e Itajaí ganha com isso – diz Demantova.
O anúncio oficial deve ser feito pela Volvo Ocean Race entre janeiro e fevereiro deste ano. Por enquanto, a prefeitura de Recife não confirma a indicação para sede da regata.
Em Itajaí, logo após a confirmação inicia-se uma corrida contra o tempo para viabilizar economicamente a etapa, com planejamento orçamentário e busca por apoiadores.
– No ano passado o grande diferencial da etapa Itajaí foi a novidade. Agora precisamos fazer a consolidação do evento – afirma Demantova.
A princípio, a ideia de dividir um veleiro com Portugal, levantada no ano passado, foi descartada. O barco de bandeira brasileira deve ser capitaneado pela empresa IMX, de Eike Batista – a mesma que organizou a Itajaí Stopover em 2012.
Na sexta-feira, o representante da Itajaí Stopover, Amílcar Gazaniga, que está nos Estados Unidos, reúne-se com o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado, Paulo Bornhausen, para conversar sobre a viabilização do barco brasileiro.
– Tenho esperança de ver uma equipe sul-americana de novo (na competição). Isso também tem um impacto em relação ao que podemos tornar a regata – disse o diretor da Volvo Ocean Race, o norueguês Knut Frostad, na primeira entrevista do ano à assessoria de imprensa da regata, em 1º de janeiro, divulgada no site oficial da prova.
O veleiro é um pouco menor do que o usado na última edição, que tinha 70 pés. Desta vez serão 65 pés, que equivalem a 19,8 metros. A bordo, a equipe também será reduzida em relação à regata anterior. O número de velejadores passou de 10 para oito, mais um repórter de bordo.
A exceção é para equipes mistas, que terão direito a um tripulante extra. No caso de equipes exclusivamente femininas, que devem voltar a competir na próxima edição, a tripulação sobe para 11.
A 12ª edição da Volvo Ocean Race começa em 2014 e termina em 2015. A expectativa é de um aumento no número de equipes que disputarão a prova, considerada a Fórmula 1 dos mares e a competição mais dura para os velejadores.
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