A terceira etapa da Volvo Ocean Race começou neste sábado. Os seis barcos (após encalhar, Team Vestas ainda define se voltará à competição) partiram de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para a Sanya, uma ilha chinesa.

O trecho de 4,6 mil milhas náuticas — 8,6 mil quilômetros — compreende zonas de difícil navegação, como o Estreito de Malaca — que separa a ilha de Sumatra (Indonésia) e a Malásia. A previsão é que os velejadores levem mais de três semanas para completar o percurso, que será predominantemente de ventos fracos.

A etapa promete ser bastante disputada do começo ao fim, assim como as duas anteriores. Prova disso é o campeonato com três equipes liderando com o mesmo número de pontos: Team Brunel, Abu Dhabi e Sanya. O time espanhol Mapfre, que tem o brasileiro André "Bochecha Fonseca, está em quinto e quer se recuperar nessa etapa.

— Vamos passar por Índia e Cingapura, por exemplo, até chegar a Sanya. Será uma regata literalmente costeira. Você precisa se aproximar da costa para evitar correntezas e isso dá muito trabalho a bordo, pois temos de manobrar muito o barco. Cansa bastante — explica Fonseca.

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::: Veleiros da Volvo partem rumo a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes

O Abu Dhabi Ocean Race, um dos líderes da Volvo Ocean Race, aproveitou o "fator casa" e pulou na frente nas primeiras milhas. Nesta segunda-feira, no entanto, o cenário já se inverteu na regata, que agora é liderada pela Dongfeng Race Team. O Abu Dhabi caiu para a quinta posição.

Com pouco vento e muita névoa no início da terceira etapa, as equipes lutaram para enxergar o que vinha pela frente. As condições desafiadoras ainda são pequenas perto das que estão por vir. Ao todo, a organização definiu oito zonas de exclusão — que devem ser evitadas pelos competidores —, começando pelo território iraniano, os campos petrolíferos de Saleh, Dragon e Phuong Dong, e trechos da costa leste africana.

Team feminino vence regata local

O Team SCA, equipe 100% feminina na Volvo Ocean Race, venceu a regata local ou a In-Port Race de Abu Dhabi. A prova — disputada sexta-feira — antecede a largada da terceira etapa e ocorre em todas as cidades-sede da volta ao mundo. O time da Suécia escolheu a melhor estratégia para os ventos fracos do dia — média de 5 nós —, fez manobras limpas e surpreendeu os adversários do começo ao fim.

A segunda posição da In-Port Race ficou com o Team Brunel, seguido pelos donos da casa, o Abu Dhabi Ocean Racing e Dongfeng. Team Alvimedica e Mapfre fecharam a prova em quinto e sexto lugares, respectivamente.

Itajaí

A volta ao mundo começa a ficar mais do Brasil. De Sanya os competidores velejam até Auckland, na Nova Zelândia, de onde partirão rumo a Itajaí enfrentando o Cabo Horn. A expectativa é que a prova chegue por aqui em abril do ano que vem.

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