A entrada das forças israelenses no núcleo urbano da Cidade de Gaza e os ataques intensos atingiram a sede da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Gaza e três pessoas ficaram feridas. 

Dois jornalistas palestinos também ficaram feridos em um ataque aéreo israelense que atingiu um complexo na Faixa de Gaza que abrigava o centro de operações de vários meios de comunicação árabes e ocidentais, entre eles as redes de televisão americana Fox, a britânica Sky News e a luxemburguesa RTL. Também abrigava as redações da agência de notícias Reuters e das redes árabes Al-Arabiya e MBC.

Os dois cinegrafistas feridos, cujo estado é desconhecido, trabalham para a televisão de Abu Dhabi, segundo o responsável pela emissora na Faixa de Gaza.

Nesta quinta-feira, as forças israelenses entraram pela primeira vez no "coração" da Cidade de Gaza desde o início da ofensiva, em 27 de dezembro.

Ainda não se sabe se a explosão foi resultado de um ataque aéreo ou de um projétil de tanque. O exército israelense não confirmou o ataque.

Outro alvo dos bombardeios foram os hospitais do Crescente Vermelho Palestino e o Al Quds na Faixa de Gaza.

No Crescente Vermelho não há informações sobre vítimas. Segundo o canal Al-Jazeera, a farmácia do hospital e o segundo andar de um edifício que abriga vários escritórios administrativos no bairro de Tel Hawa está em chamas, em consequência dos ataques.

O hospital Al Quds, foi alvejado por pelo menos quatro disparos de artilharia israelense.

— Houve várias explosões nos edifícios do hospital, onde, em uma das paredes, há um grande buraco. Há muita confusão. Algumas pessoas tentam escapar e outras entram no hospital para buscar abrigo — disse a voluntária Sharon Locke, de dentro do centro hospitalar.

Sharon, de nacionalidade australiana e membro do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM, em inglês), disse que os impactos provocaram "um incêndio em uma das alas de um dos edifícios, e grandes danos em outros". A ativista acrescentou que receberam centenas de telefonemas de pessoas pedindo ajuda e que há muitas crianças no hospital. A ala que pegou fogo havia sido evacuada e pertence a um edifício onde são armazenados remédios.

Segundo a voluntária, outras partes do centro médico sofreram danos severos e que a ala onde ela se encontra tem energia elétrica graças a geradores.O hospital fica localizado no bairro de Tel Hawa, no leste da Cidade de Gaza, um dos primeiros subúrbios que abriu caminho para o avanço das tropas israelense ao centro da Capital.

A ONG Médicos pelos Direitos Humanos informou que no hospital Al Quds permanecem cerca de 450 pessoas, entre elas 40 são da equipe médica e 15 pacientes.

Confira a linha do tempo do conflito na Faixa de Gaza e vídeos com análises: