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 | 15/01/2009 05h12min

Nota do PT sobre guerra em Gaza divide deputados

Por meio de textos na internet, parlamentares divergem sobre Gaza

Assinada pelo presidente nacional do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (SP), uma nota condenando a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza gerou reação indignada de entidades judaicas e acendeu uma controvérsia entre petistas gaúchos.

As divergências em torno do conflito foram expostas publicamente em textos divulgados pelos deputados estaduais Adão Villaverde e Dionilso Marcon e que circulam pela internet.

Berzoini havia classificado a ação israelense de “terrorismo de Estado” e afirmado que a “retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista”. Além de oferecer “integral apoio à causa palestina”, o texto dizia que os ataques “terão como resultado alimentar o ódio popular e as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio”.

O documento foi criticado pelo Centro Simon Wiesenthal, na Argentina, pela Confederação Israelita do Brasil e pela Federação Israelita de São Paulo. A entidade paulista afirmou que o PT “jamais se manifestou contra os ataques do grupo terrorista Hamas contra o território israelense”. Em nota, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que o PT procura transformar o conflito “num roteiro cinematográfico simplório no qual o bem e o mal são claramente identificáveis”.

Marcon rebateu no site da AL posições de Villaverde

No Estado, Villaverde divulgou uma carta dirigida ao presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Henry Chmelnitsky. Na mensagem, o deputado diz que o texto de Berzoini “não está equilibrado, na medida em que não separa a defesa da causa palestina dos inaceitáveis métodos do Hamas”.

Villaverde, porém, diz não poder “ficar indiferente ao que está acontecendo lá no Oriente Médio”, referindo-se à força dos ataques israelenses. O parlamentar prega o fim da violência em ambos os lados e a abertura das negociações.

Marcon divulgou ontem pelo site da Assembleia Legislativa uma crítica à posição do colega gaúcho. Segundo a nota do deputado, “desequilibrado e desproporcional é o massacre que o quarto maior exército do mundo pratica há anos contra a população civil da Palestina e de outros povos da região, matando mulheres, crianças e idosos”.

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