| 08/06/2008 19h58min
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que é membro da executiva nacional, vai pedir nesta quarta-feira, a expulsão do vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó (DEM) do partido.
— Vou propor a expulsão dele do partido porque crime não se combate com crime. Se ele tinha informação de algum erro, que tomasse providências legais para combatê-lo e corrigir o problema. Se denunciamos grampo, escuta ilegal, dossiê, não podemos concordar com isto — disse Heráclito.
Na última sexta-feira Feijó divulgou uma conversa de 20 minutos que teve no dia 26 de maio com o chefe da Casa Civil Cézar Busatto, no qual foram tratadas questões polêmicas. Entre elas, o financiamento de partidos políticos por órgãos públicos como o Detran e Daer, a CPI do Banrisul e a relação entre a governadora Yeda Crusius e seu vice.
— Gravações são instrumentos inaceitáveis para nós, apesar de sabermos que, infelizmente, o governo federal faz uso deles — diz o presidente
nacional do partido, deputado Rodrigo Maia
(RJ).
— São métodos típicos do Estado policialesco que condenamos e não vamos compactuar com isto — antecipa, já em resposta a cobranças do PSDB da governadora Yeda Crusius. O episódio de delação pública do vice da governadora tucana provocou abalo na parceria nacional entre o DEM e o PSDB.
Quem concorda é o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que também participa da executiva nacional:
— O que está acontecendo em setores da administração do Rio Grande do Sul não é bom, mas não se combate nenhum tipo de irregularidade nem se constrói um partido com base no grampo, na traição e na delação.
Maia e Aleluia insistem na tese de que não se combate um crime praticando outro crime, e argumentam que Feijó tinha muitas alternativas e instâncias para levar as suspeitas ou provas de corrupção dentro do governo.
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