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 | 08/06/2008 05h39min

Feijó: "Tudo que é de governo eu posso gravar"

Vice-governador defende gravação que fez e analisa declarações indignadas de Busatto

Patrícia Rocha  |  patricia.rocha@zerohora.com.br

O vice-governador Paulo Feijó quebrou o silêncio que havia estabelecido para o final de semana e respondeu a algumas perguntas na noite de sábado.

Ele próprio atendeu o interfone de sua casa, ao primeiro toque, e recebeu a reportagem de Zero Hora. Reafirmou que sua intenção é falar com a imprensa somente na segunda feira — e ainda acrescentou que sua manifestação dependeria do que o ex-chefe da casa civil Cézar Busatto dirá à CPI.

Não quis comentar a entrevista coletiva da governadora, mesmo assim, Feijó não se furtou de analisar as declarações indignadas de Busatto, que chamou o vice-governador de golpista e mau caráter na sexta-feira.

— O que ele disse sobre a minha pessoa não me afeta, não cola. Estou muito consciente do que estou fazendo, e, por conseqüência, vamos aguardar.

Confira trechos da rápida entrevista concedida na casa de Feijó sábado à noite.

Zero Hora — Há pouco, o ex-chefe da casa civil Cézar Busatto deixou a casa da governadora...(a casa da governadora fica a cerca de cem metros da residência de Feijó)

Paulo Feijó — Ah, aqui? (interrompe)

ZH — Sim. Ele disse que gostaria de voltar a falar com o senhor, em outros termos, e não descarta que vocês possam vir a defender causas comuns. Como o senhor se coloca diante dessa possibilidade?

Feijó — Cabe a ele refletir sobre isso. Foi ele que fez as colocações, não fui eu. Entendo que estava — e estou — vice-governador, estava no palácio e na sala do vice-governador, o assunto era de governo, não era particular. Por conseqüência, entendo que tudo que é de governo eu posso gravar. Sou governo, faço parte do governo.

ZH — Não foi uma medida antiética?

Feijó — Não era uma questão particular, era um assunto de governo, assim como tantos outros que entendo que tenho o direito de registrar.

ZH — Como vai ficar sua relação com a governadora a partir de agora?

Feijó — Igual. Nada mudou desde o primeiro turno para cá. Nunca mudou. Aparentemente, sim, mas na prática não.

ZH — Sempre foi uma relação difícil?

Feijó —Para mim, não. Para ela, talvez. Então, vamos aguardar.


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