| 25/03/2008 09h01min
Durante as mais de sete horas de depoimento sobre a fraude do Detran na Assembléia Legislativa, o ex-presidente da autarquia Flávio Vaz Netto foi questionado sobre uma gravação em que um homem estaria combinando a divisão de um dinheiro. A voz, identificada por Vaz Netto como sendo de Cláudio Antunes, teria proposto a entrega de R$ 1 milhão para Antônio Dorneu Maciel, e R$ 250 mil para cada um deles – Cláudio e Vaz Netto.
— Não tenho a menor idéia. Só fiquei sabendo disso pelo Maciel. Na verdade o que ele veio me propor era que intermediasse uma dívida da Ulbra com o governo do Estado de R$ 80 milhões. Não tem nada a ver com o Detran. Esse é um dos equívocos da Polícia Federal. Não fiz negócio com o Cláudio e tenho que explicar — disse em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Vaz Netto também reiterou as críticas à governadora Yeda Crusius. Ontem, durante depoimento, ele classificou a exoneração como "deslealdade da governadora" e "covardia
política".
— Ela
simplesmente me julgou, me expôs, apenas potencializou a crise — desabafou.
O ex-presidente negou envolvimento em qualquer esquema de fraude do órgão e classificou as investigações como "luta desigual".
— Sou o maior interessado em que se clareie isso. Vocês não vão achar nada que me comprometa.
"Tem que provar que é ladrão para demitir", declarou ontem em depoimento o ex-presidente do Detran
Foto:
TV Assembléia, Reprodução
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