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 | 11/02/2010 01h47min

Secretário da Fazenda de Santa Catarina defende Leonel Pavan no caso da Arrows

Antonio Gavazzoni nega que vice-governador tenha feito pressão em favor da empresa

Ana Minosso  |  ana.minosso@diario.com.br

Por pouco mais de duas horas, na tarde de quarta-feira, o secretário Antonio Gavazzoni (DEM) reiterou aos deputados que a Secretaria da Fazenda cumpriu seu papel ao punir a empresa sonegadora de impostos e fez uma defesa política do vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

Convidado pelos deputados para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento de dois servidores da Fazenda na Operação Transparência, o ex-diretor-geral Pedro Mendes e o ex-diretor de Administração Tributária Anastácio Martins, Gavazzoni assegurou que, em março do ano passado, as notas fiscais da empresa Arrows Petróleo do Brasil foram canceladas por causa de reiteradas práticas de sonegação. Um mês depois, o registro da empresa também foi cancelado automaticamente, impedindo que ela continuasse a operar no Estado.

Nas duas vezes, disse, recebeu ligações do vice-governador Leonel Pavan que queria saber o que havia acontecido. Negou que tenha recebido pressão política para ativar o registro. O secretário destacou que tem convicção de que os dois servidores, indiciados por advocacia administrativa, não agiram de má-fé e acredita que serão absolvidos pelo Tribunal de Justiça.

Ajuda

Gavazzoni contou que tem uma relação fraternal com Pavan, que o socorreu, no final de 2008, quando teve um quadro grave de meningite e precisou ser hospitalizado em Blumenau:

— Não encontrei culpabilidade ou má-fé do vice-governador. Em parte devo minha vida ao vice. Ele tem todo o meu respeito, o meu crédito e espero que isso se resolva o mais rápido possível.

Gavazzoni disse que o fato que envolve a empresa Arrows é um entre centenas de acontecimentos parecidos de empresas que reclamam que estão sendo fiscalizadas. Disse que Santa Catarina possui 1.053 postos de combustíveis e que 400 são cotidianamente foco de problemas com sonegação fiscal.

Para coibir essa prática, anunciou a adoção de medidas tecnológicas como o monitoramento do tanque de combustível on-line e o monitoramento das 73 entradas na fronteira norte 24 horas por dia.

Confira o depoimento prestado por Gavazzoni à Polícia Federal

Veja mais no infográfico sobre o Caso Pavan

 

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