Para resolver os atritos internos e os desgastes causados após a divulgação das denúncias contra o vice-governador Leonel Pavan, os caciques da tríplice aliança resolveram afinar o discurso em busca da união.

A senha foi dada pelos presidentes do PMDB, Eduardo Pinho Moreira, e do DEM, senador Raimundo Colombo, após um encontro nesta semana. Ficou acertada uma nova reunião, na próxima quarta-feira, também com a presença do presidente estadual do PSDB, Marco Tebaldi.

Segundo Colombo, até agora, mesmo defendendo a manutenção da tríplice aliança, os partidos trabalhavam separados, cada um tentando alavancar seu candidato. Agora, a intenção é mudar de estratégia e fazer um trabalho conjunto para o fortalecimento da aliança.

— Passamos por um momento difícil, o que nos fez perceber que a gente deve continuar trabalhando em conjunto para evitar qualquer risco de enfraquecimento — disse Colombo.

Questionado se agora os partidos estavam preparados para, se necessário, abrir mão da cabeça de chapa, Colombo diz apesar de ser uma decisão difícil, é necessário diminuir as posições individuais e aumentar a importância do coletivo para garantir a continuidade no poder.

— Juntos somos muito mais fortes — resume Pinho Moreira, destacando que a prioridade agora é estreitar os laços entre os partidos e buscar o apoio de outras siglas, como o PPS, PSB e PDT.

Tebaldi afirma que gostou da iniciativa do DEM e do PMDB. Segundo ele, a proposta de união vem ao encontro a vontade do PSDB, que também quer a reedição da tríplice aliança. Pinho Moreira e Colombo contam que também ligaram para Pavan, mas como o vice-governador está descansando em Gramado (RS) apenas deixaram uma mensagem na caixa postal.

Entenda o caso Pavan: