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 | 06/02/2010 01h45min

Empresário pode ser vice na chapa formada pelo PT para concorrer ao governo de Santa Catarina

José Alencar teria feito contato com Udo Döhler para aceitar concorrer ao lado de Ideli Salvatti

Natália Viana  |  natalia.viana@diario.com.br

O jogo está aberto para PT e PP. Os dois partidos, que começaram a flertar uma aproximação, buscam consolidar suas candidaturas próprias, selar parcerias, sem tirar os olhos das movimentações da tríplice aliança.

Nesta semana, a senadora Ideli Salvatti (PT) e a presidente estadual do partido, Luci Choinacki, foram recebidas pelo vice-presidente José Alencar (PRB) para discutir a aliança para as eleições.

Ao ser informado que os catarinenses também estavam conversando com o PR, que inclusive já havia apresentado dois nomes para vice — os empresários Udo Döhler e Ulrich Kunn — Alencar ligou para Döhler para que o amigo fosse candidato junto com Ideli. Segundo a senadora, a estratégia do partido é consolidar um bloco de alianças.

Por meio da sua assessoria de imprensa, Döhler informou que, neste momento, não vai declarar nada sobre a hipótese de candidatura.

— As conversas com o PRB e o PR estão bastante avançadas. O PRB vai conosco pela terceira eleição, e o PR foi o único que nos colocou de forma clara nomes para vice, e não são qualquer nomes, são respeitados no meio empresarial e representantes de colégios eleitorais importantes (Joinville e Blumenau) — diz Ideli.

Segundo Luci, o partido também mantém conversas com o PC do B, com quem estaria mais próximo de um acordo, e com o PDT. Ela explica que as conversas com o PP foram positivas, mas, que no momento, esbarram no fato dos dois partidos terem candidatas próprias.

— Temos uma aliança política, tanto nacional, como aqui em Santa Catarina. Cada partido tem seu tempo, a estratégia é manter os diálogos, porque até maio muita coisa ainda pode mudar. Nosso objetivo é construir uma boa aliança para garantir um palanque forte para a ministra Dilma Rousseff.

No entanto, Luci classifica a candidatura de Ideli ao governo como "irreversível", assim como a do deputado Cláudio Vignatti para o Senado. Desta forma, restariam para negociação os postos de vice-governador, a segunda vaga para o Senado e suplentes.

O presidente estadual do PP, Joares Ponticelli, diz que vê com naturalidade a aproximação do PT com o PRB. De acordo com ele, o PP, que tem a deputada Angela Amin como pré-candidata, também vem conversando com outras siglas, como o PV e o PC do B.

— Em fevereiro nenhum partido vai se apresentar na condição de vice. Todos os partidos estão buscando fortalecer suas candidaturas e consolidar alianças — analisa.

Para Ponticelli, a composição entre o PP e o PT é um caminho natural, pois representam os dois maiores partidos de oposição no Estado. Deste modo, uma aliança poderia ocorrer no primeiro ou no segundo turno.

A decisão, segundo ele, dependerá de diversos fatores, como o cenário nacional, a manutenção ou não da tríplice aliança e até as repercussões das denúncias envolvendo o vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

— Hoje, se confirmar a dissolução da tríplice, a gente pode ter um cenário dos maiores partidos lançando candidatura própria. Mas esta é uma análise de hoje, porque amanhã pode mudar tudo e até junho há muito caminho pela frente — disse Ponticelli.

Fabrizio Motta / 

PT de Ideli Savatti volta a tentar aproximação com Udo Döhler (PR)
Foto:  Fabrizio Motta


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