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Esportes  | 29/04/2011 11h12min

"Não se adaptou, vai embora", diz direção do Grêmio sobre Carlos Alberto

Dirigentes se reunirão com o empresário Carlos Leite para definir valor da multa rescisória

A dispensa de Carlos Alberto, definida pelo Grêmio como um "acordo de cavalheiros", talvez não seja tão amistosa assim. A saída do atleta pode obrigar o Tricolor a pagar a multa rescisória do contrato, assinado com o clube até dezembro de 2011. Por isso, nos próximos dias, a direção se reunirá com o empresário Carlos Leite para negociar os valores.

— Foi uma saída completamente amigável. Foi um acordo de cavalheiros. Mas toda rescisão envolve algum valor — afirma o assessor de futebol José Simões.

De acordo com a direção tricolor, a saída de Carlos Alberto, decidida na quinta-feira, obedeceu à vontade das duas partes. Segundo Simões, o jogador não estava satisfeito com a condição de reserva do time de Renato. Ele não explicou, porém, o que levou o clube a tomar a decisão a três dias do Gre-Nal que decidirá a Taça Farroupilha, o segundo turno do Gauchão.

— Ele está com lesão no joelho e nem jogaria o Gre-Nal. Então não muda nada. Aconteceu a oportunidade, e a gente resolveu. Não podemos pecar por omissão. Trouxemos um ótimo jogador. Não se adaptou, vai embora.

Desde sua chegada a Porto Alegre, após ser liberado para procurar outro time pelo Vasco, Carlos Alberto não se encontrou em campo. Começou atuando como volante, se converteu em meia e depois jogou como atacante. Em nenhuma das posições, ganhou a confiança da torcida, apesar de contar com o carinho do técnico Renato.

Foi o técnico o maior defensor do jogador em sua passagem pelo Olímpico. Mesmo quando Carlos Alberto pediu uma semana de folga para resolver problemas particulares no Rio de Janeiro. Em seu retorno a Porto Alegre, o meia negou que houvesse sido afastado pela direção tricolor e criticou a imprensa por veicular informações de conflitos extracampo envolvendo o atleta.

Mas a paciência de Renato pareceu se esgotar na partida contra o Cruzeiro, na semifinal da Taça Farroupilha. O jogador entrou na metade do segundo tempo e, em suas primeiras movimentações em campo, cometeu falta. Quando viu o adversário caído no chão, dirigiu-se até ele para tirar satisfação. Depois, em cobrança de falta da qual Neuton estava encarregado, Carlos Alberto pediu para bater e ouviu as cobranças do treinador à beira do gramado.

— Para de falar, para de falar! — gritava um Renato visivelmente contrariado do lado de fora do campo.

De acordo com Simões, a dispensa do atleta não teve relação com o episódio. Nem com fatores extracampo, nem com o período na capital fluminense.

— Nada a ver uma coisa com a outra — garantiu. — Não houve nenhum fato que determinou essa saída. Foi um acordo.

O fato é que, com o acordo, o Grêmio perdeu um nome da lista da Libertadores. Na semana passada, o clube ainda acreditava em Carlos Alberto e o manteve na relação. Três mudanças foram efetuadas: Willian Magrão, Leandro e Lins ganharam as vagas de Paulão (negociado), Bruno Collaço (lesionado) e Diego Clementino (preterido).

Mais sobre Carlos Alberto:
>>> A trajetória do jogador no Grêmio
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