Aos 34 minutos do primeiro tempo contra o Universidad Católica, no Olímpico, já com a desvantagem de 1 a 0 no placar, Borges foi expulso e deixou o Grêmio com um a menos em campo. Ele foi advertido por atingir um adversário fora do lance. Para que um episódio como esse não se repita nos próximos dois jogos importantes que tem pela frente, o vice de futebol Antônio Vicente Martins pede que o time jogue com garra, mas também com inteligência.

— O jogador que confundir garra com violência desnecessária, agressão, não está jogando com inteligência. Tem que chegar junto sem ser desleal — ressaltou o dirigente. — A expulsão tem que ser contextualizada. Tem momentos do jogo, mas algumas são absolutamente desnecessárias, e aí tem que haver o cuidado do clube — completou.

Pela expulsão, caracterizada pela direção e pelo técnico Renato como infantil, Borges levou um puxão de orelha e foi multado. Vicente, no entanto, não viu falta de comprometimento na atitude do centroavante.

— Posso creditar para um desequilíbrio de momento. Claro que é grave, e por isso conversamos com ele — disse.

Os jogadores são cobrados, garante o dirigente. O zagueiro Rodolfo também foi expulso recentemente, duas vezes, na final da Taça Piratini do Gauchão, contra o Caxias, e diante do Oriente Petrolero, no último jogo do Grêmio pela fase de grupos da Libertadores. O jogador promete garra, mas sem desespero.

— Não pode desorganizar de maneira alguma. Tem que ter tranquilidade, mas a garra vai ter que ser o primeiro fator. A gente não pode é se desesperar — avaliou.

O maior problema para o jogador não é a multa, e sim ficar fora de um jogo por ter que cumprir a suspensão, segundo Rodolfo. No Gre-Nal de domingo, pela final da Taça Farroupilha, Borges está liberado para jogar. Mas, na partida contra a Católica, no Chile, na próxima quarta, assistirá pela televisão como mais um torcedor tricolor.