Entrevistei Damian Ariel Escudero, o meia-atacante um dia chamado de substituto de Juan Román Riquelme no Boca Juniors que o Grêmio trouxe para dar aquele sotaque espanhol na luta pelo tri da Libertadores.

Ele será um dos personagens da edição dominical de ZH, ao lado de Mano Menezes, o técnico da Seleção Brasileira que está em Londres para o amistoso contra a Escócia.
 
Conversei também com o seu pai, Osvaldo Salvador Escudero, por telefone. Trata-se de uma família de jogadores. O pai era titular daquele time lendário da Argentina, campeão mundial sub-20 no Japão em 1979. Era titular, ao lado de Maradona e Ramon Díaz.

Aliás, não é absurdo dizer que nunca houve um time tão incrível como aquele na categoria. Não só pela campanha: seis jogos, 20 gols feitos e dois sofridos. Maradona já era apontado como gênio, levou quase 60 mil pessoas à final diante da União Soviética.
 
Estamos, portanto, diante de um sobrenome futebolístico na Argentina. Damian tem irmão e primos que jogam futebol pelo mundo.

Apresento aqui um aperitivo em vídeo:

Gentil e retraído (ele fala baixinho, é preciso prestar atenção para escutar), Escudero me recebeu no Olímpico, por intermédio dos velozes assessores de imprensa do Grêmio: Victor Rodriguez e (perdoem o trocadilho, mas não dá para resistir) seu fiel escudeiro João Paulo Fontoura.

Por enquanto, é uma timidez que fica apenas fora de campo.

Contra o Porto Alegre, ele fez gol e teve boa atuação apesar de algumas dores no joelho. Repetiu a dose na goleada de 6 a 0 sobre o Inter-SM, mesmo sem bola na rede. Pode repetir a boa sequência neste domingo, na Boca do Lobo, em Pelotas, quando um simples empate garante classificação à próxima fase.

Não é absurdo afirmar que, na comparação com Carlos Alberto, o argentino tem dado melhor resposta — ao menos por enquanto.

Enfim, confira um pouco de Damian Ariel Escudero, 23 anos, o sotaque espanhol do Grêmio em 2011.

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