Mundo | 29/11/2010 23h15min
A China expressou aos Estados Unidos sua preocupação com a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e advertiu que não aceitaria o Japão em uma futura ampliação, revela um documento diplomático americano divulgado pelo site WikiLeaks.
Pequim bloqueou em 2005 a proposta de inclusão de Brasil, Alemanha, Índia e Japão como membros permanentes do Conselho de Segurança, mas desde estão os funcionários chineses são prudentes ao tratar do tema em público.
No comunicado divulgado pelo WikiLeaks, o vice-ministro de Relações Exteriores da China, He Yafei, diz a um diplomata americano que "se terminarmos com um 'P-10' (em referência a um Conselho de Segurança ampliado), tanto China como Estados Unidos terão problemas".
Segundo He Yafei, "seria difícil para o público chinês aceitar o Japão como um membro permanente" do Conselho de Segurança.
WikiLeaks divulgou no domingo passado mais de 250 mil documentos secretos da diplomacia americana.
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Confira o que dizem os relatórios sobre alguns líderes mundiais:
Abdullah
- O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu aos EUA para atacar o Irã e destruir seu programa nuclear, segundo os textos vazados. Um memorando afirma ainda que o trabalho conjunto com Washington para conter a influência iraniana no Iraque "era uma estratégia prioritária para o rei e seu governo".
Silvio Berlusconi
- A respeito do primeiro-ministro italiano, o material detalha suas "festas selvagens" e revela uma desconfiança profunda despertada pelo mulherengo premier em Washington. "Ele é inefetivo como um líder europeu moderno", "um líder física e psicologicamente fraco" cujas "festas não permitem descansar o suficiente".
Vladimir Putin
- Da embaixada em Moscou em 2008 foram coletadas informações sobre o relacionamento entre o presidente russo, Dmitry Medvedev e seu premier, Vladimir Putin, observando que era "um Robin para o Batman de Putin". Ele é retratado como um político autoritário com um estilo pessoal machista.
Kim Jong-il
- O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, também é alvo de críticas. As fontes diplomáticas o descrevem como um "velho cara" que "sofreu traumas físicos e psicológicos" como consequência de um problema de saúde.
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