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 | 24/06/2011 23h59min

Governo de SC espera que professores da rede estadual retornem às aulas na segunda-feira

Sindicato espera uma retomada das negociações na próxima semana

Enquanto a Secretaria de Estado da Educação (SED) aposta num retorno maior dos professores às aulas a partir de segunda-feira, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) espera uma retomada das negociações na próxima semana. Na terça-feira, deputados da Assembleia Legislativa podem votar pela admissibilidade da medida provisória, que altera os salários dos docentes.

O secretário de Educação Marco Tebaldi acredita que enquanto o diálogo estiver aberto, tudo é possível, mas ressaltou que nenhuma reunião está marcada. A expectativa da coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, é que a MP seja retirada da assembleia, na segunda-feira, quando os líderes irão se reunir com o presidente da casa, Gelson Merisio. Ela ainda espera que o governo retome as negociações para colocar um fim num impasse, que dura 39 dias.

Na segunda-feira, o comando de greve estará reunido, em Florianópolis, onde definirá as próximas ações. Na busca pelo retorno às negociações, os representantes do Sinte pediram audiências na Assembleia Legislativa, no Ministério Público de SC, no Tribunal de Justiça e na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

O relator da medida, o deputado Elizeu Mattos, adiantou que não crê na retirada da MP. Ele também não confirma se na terça-feira haverá a análise da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quando deve ser definido se ela atende aos requisitos formais — a chamada admissibilidade.

— Ela pode ser recusada, mas depende do relatório. Estou analisando a proposta com bastante cautela. Talvez eu relate na terça-feira, talvez eu precise de mais tempo. Temos que ainda dar uma olhada na questão jurídica — explicou.

Volta às aulas deve marcar a segunda-feira

Dados levantados pelo governo mostraram retorno dos professores às escolas, antes do feriado. A expectativa é que a próxima segunda-feira a volta dos docentes ao trabalho seja ainda maior.

No Meio-Oeste, por exemplo, dos 13 municípios da Regional de Joaçaba, 67% dos professores voltaram às escolas. Uma docente de educação física do colégio Eugênio Marchetti, em Herval d'Oeste, é uma delas. Ela preferiu não ter o nome divulgado e alegou que só retomou às aulas porque precisa do salário. Para ela, muitos grevistas ficaram com medo por não ter outra fonte de renda. A professora torce para que a classe continue buscando melhorias na educação.

— Continuo insatisfeita, mas preciso do salário. É uma luta justa, que pede melhores condições de trabalho e menos descaso com a educação — diz.

Apesar disso, para a coordenadora do Sinte, o quadro não deve mudar e a greve deve continuar com 70% de adesão dos trabalhadores.

DIÁRIO CATARINENSE

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