| 24/05/2011 17h51min
Cerca de 600 professores da rede estadual de ensino reuniram-se nesta terça-feira em Tubarão, no Sul de Santa Catarina, para definir ações de protesto contra a decisão do governo sobre o pagamento do Piso Nacional do Magistério. Uma passeata foi a primeira iniciativa.
Por volta das 16h, eles pararam mais de um quilômetro da principal avenida da cidade carregando cartazes e faixas com as frases: "O professor na rua, governo a culpa a sua" e "Chega de blábláblá, queremos o piso já". Os trabalhadores receberam apoio de motoristas, comerciantes e moradores.
Nesta quarta-feira, às 19h, haverá um ato na escadaria da Catedral, no Centro da cidade. Cada professor estará com uma vela acesa, clamando por esperança.
De acordo com os representantes do sindicato dos professores, o movimento ganha força com mais integrantes da classe aderindo a greve. Funcionários das Gerências Regionais de Educação, diretores dos colégios, escolas primárias e Apaes teriam se juntado aos grevistas. 90% dos professores da região de Laguna negaram-se a dar aulas, tendo em vista o anúncio do governo, considerado pelos profissionais como uma falta de respeito com os educadores.
Nesta segunda-feira, houve uma reunião de negociação entre representantes do governo e dos professores. O Estado anunciou que vai pagar o piso nacional do magistério, de R$ 1.187, para os professores que ainda não recebiam o valor no salário base, sem somar os abonos.A proposta foi encaminhada à Assembleia Legislativa como forma de medida provisória e o valor deve ser pago no salário de maio.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) rejeitou a proposta considerando que ela não acompanha a progressão na carreira (do ensino médio à pós-graduação).
Agora, os trabalhadores vão buscar o apoio dos deputados para que a medida provisória proposta pelo governo não se torne Lei. Uma reunião entre os comandos de greve e o deputado estadual, presidente do PP, Joarez Ponticelli foi marcada para esta sexta-feira.
Este é o sétimo dia de greve dos professores.
Professores carregavam faixas e cartazes com frases contra a decisão do governo
Foto:
Michele Cardoso Schifino/ Leitor Repórter
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Divulgação
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