| 10/05/2011 06h20min
Quando o piso salarial dos professores passou pelo último reajuste, em fevereiro deste ano, o senador Paulo Bauer (PSDB) divulgou em seu site que o valor de R$ 1.187,08 ainda era insuficiente para "remunerar uma profissão tão importante quanto a do professor". A declaração gerou revolta entre os trabalhadores de educação de SC, porque Bauer era o secretário estadual de educação, na época em que o ex-governador Luiz Henrique da Silveira assinou o documento que questionava a validade da lei do piso salarial dos professores. Apesar disso, o senador reafirmou que o Governo do Estado nunca foi contra o pagamento do piso.
Veja os salários atuais
na rede estadual em SC
— Éramos contra ao item que determinava que 30% da carga horária do professor deveria ser dedicada a atividades extra-classe. Defendíamos 20% — justificou.
De acordo com o senador, o Estado precisou assinar o documento, porque não era possível entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra apenas um aspecto da lei.
— Cada estado questionava algum ponto e um deles era a constitucionalidade do piso — explicou.
Santa Catarina passou, então, a considerar piso salarial como a renumeração total, somando as gratificações. Sem concordar com isso, os trabalhadores em educação sempre pediram que o piso fosse o salário base, sem os abonos. Bauer argumentou que, por uma questão política, não foi possível atender às reinvindicações.
— Pagar o salário com abonos fez parte da política salarial do governo LHS. Era preciso ficar dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal e dentro dos 25% do orçamento destinados à educação — esclareceu.
Em relação aos 30% da carga horária dedicada à hora-atividade, ele se mantém contra. Para Bauer, um professor de SC tem condições e suporte para fazer correções e preparar aula usando 20% da jornada de trabalho. O senador informou que para atender essa exigência cerca de 7 mil docentes vão precisar se contratados.
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Foto:
Daniel Conzi
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Agencia RBS
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