| 07/04/2004 19h18min
Os professores filiados ao Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) rejeitaram, na tarde desta quarta, dia 7, a contraproposta oferecida pelo governo do Estado para encerrar a greve a categoria. A proposta foi entregue aos representantes do sindicato que estiveram reunidos na tarde desta quarta com o chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, o secretário da Fazenda, Paulo Michelucci e o secretário da Educação, José Fortunati.
Dos 22 itens da pauta, o governo considera que 17 foram atendidos. A proposta, no entanto, não contempla o pedido de reajuste salarial e reposição de perdas da inflação em 2003. Alberto Oliveira voltou a alegar que há condições de conceder aumentos devido à difícil situação financeira do Estado.
Em relação às reivindicações relacionados ao projeto do novo Instituto de Previdência do Estado (IPE), o Palácio Piratini abre mão da exigência de comprovação da dependência econômica do cônjuge para que venha a ter direito a pensão após a morte do servidor e se compromete a revisar as pensões mais altas.
O governo gaúcho resolveu assinar todas as promoções alcançadas entre 2002 e 2003, mas não pagará os atrasados. Na prática, isso significa que o professor passará a ganhar mais assim que a promoção for publicada, mas não receberá nada relativo ao período em que ficou sem receber. O Piratini também aceita a continuidade de concursos públicos e a discussão de mudanças na Lei de Gestão Democrática.
A presidente do Cpers/Sindicato, Juçara Dutra Vieira, vem afirmando desde o começo da paralisação – e reafirmou nesta quarta – que a categoria não abre mão do reajuste de 28%, mas julgou como positiva a iniciativa do governo de dar início às negociações. A categoria prepara uma grande manifestação na semana que vem em Porto Alegre para pressionar o governo a negociar o reajuste dos salários do magistério. Com informações da Rádio Gaúcha.
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